A Secretaria de Comunicação, através do último boletim da Vigilância Epidemiológica de 24/3, informa sobre os casos de dengue na cidade: 501 casos suspeitos, 57 confirmados, sendo 12 do município.
Bairros afetados:
Jd. Ângela (1), Dom José (4), Emílio Carlos (1), Engenho Velho (1), Isis Cristina (1), Novo Campo Limpo (3), Irapiranga (1), Flórida (3), Liberdade (1), Santo Eduardo (6), Vila Triângulo (3), Castilho (1), Sadie (1), São Luís (1), Santa Júlia (2), Vila Perequê (2), Santa Clara (1), Santa Luzia (1), Santa Tereza (4), Taima (1), Vazame (1), Mimás (1), Nossa S. de Fátima (1), Recanto da Fonte (1), Ressaca (1), Santa Emília (1), Santa Rita –Centro (1), Vila Olinda (1), Vale do Sol (1), Vila Regina (1), Vista Alegre (1), Centro (3), Valo Verde (1), Independência (1), Tomé (1), São Marcos (1).
A Vigilância Epidemiológica alerta para o fato de as pessoas armazenarem água de forma inadequada por conta do racionamento. “A dica é sempre tampar muito bem essa água armazenada e manter a área de sua casa limpa, sem lixo e objetos que possam acumular água”, disse o coordenador da Vigilância Epidemiológica, Leonardo Marcolan.
O Centro de Controle de Zoonoses participa da Semana Estadual de Mobilização Contra a Dengue, que acontece de 23 a 27/3. A ideia dar palestras, apresentar peças de teatro sobre o tema e revisar o treinamento sobre a dengue e treinar sobre a febre Chikungunya nas Unidades Básicas de Saúde, empresas e escolas. Veja aqui a programação.
Febre Chikungunya
Febre Chikungunya é uma doença parecida com a dengue, causada pelo vírus CHIKV. Seu modo de transmissão é também pela picada do mosquito Aedes aegypti infectado e, menos comumente, pelo mosquito Aedes albopictus. Em Embu das Artes nenhum caso foi registrado até o momento.
Seus sintomas são semelhantes aos da dengue: febre, mal-estar, dores pelo corpo, dor de cabeça, apatia e cansaço. Porém, a grande diferença da febre chikungunya está no seu acometimento das articulações: o vírus avança nas juntas dos pacientes e causa inflamações com fortes dores acompanhadas de inchaço, vermelhidão e calor local.
Redobrando os cuidados
Existem alguns casos onde a pessoa está mais vulnerável à doença. Segundo o Ministério da Saúde, as pessoas acima de 60 anos, crianças, pacientes com câncer e diabéticos têm mais riscos de ter problemas decorrentes da dengue.
Idosos:
Um idoso, têm um risco 12 vezes maior do que outra faixa etária de morrer por causa da doença por ter uma menor reserva fisiológica. A dengue é uma doença que desidrata e o paciente idoso, mesmo desidratado, não tem sede. A dengue tira a força, então, o paciente fica imóvel. A partir do momento que o paciente idoso fica parado, ele passa a desencadear as doenças de quem fica acamado, que são pneumonia e infecção de urina. A indicação, diante de sintomas de dengue, é a busca imediata por assistência médica.
Crianças:
A dificuldade de expressar o que está sentindo é um perigo a mais para crianças infectadas pela dengue. Os sintomas clássicos da doença – febre, dores no corpo, indisposição e apatia – podem ser facilmente confundidos com outras viroses que costumam acometer as crianças. Por isso, o Ministério da Saúde orienta aos profissionais de saúde, especialmente os pediatras, a ficarem atentos e sempre considerar fortemente a dengue como um dos diagnósticos possíveis.
É importante que o profissional de saúde, especialmente o pediatra, nessa época do ano e em locais onde há transmissão da dengue, coloque a dengue como um dos diagnósticos a serem investigados caso a criança apresente um quadro febril.
Não é preciso esperar surgirem todos os sintomas. Ao primeiro sinal, especialmente em área de transmissão intensa, esse diagnóstico deve ser considerado ou o profissional de saúde pode perder a oportunidade de detectar a doença. Se a criança apresenta um quadro de vômitos continuados e de dor abdominal persistente, tem que ser levada urgentemente ao serviço de saúde, porque ela pode estar fazendo uma forma grave de dengue que pode evoluir, em poucas horas, até para o óbito.
A dengue pode ser ainda mais perigosa nos bebês, pois a evolução do quadro é súbita. Diante dos sintomas iniciais ou dos sinais de alarme, é preciso desconfiar que a criança está com dengue, procurar uma unidade de saúde e já introduzir a hidratação.
Diabéticos:
Os diabéticos são uma população de risco justamente porque são mais vulneráveis aos quadros infecciosos quando, normalmente, aumentam na circulação hormônios como cortisona e adrenalina, que, por sua vez, elevam os níveis de glicose.
Enquanto, no sangue, sobem os níveis de hormônios e açúcar, o processo infeccioso também destrói a insulina, promovendo um complicado círculo vicioso, quando a diabetes pode “descompensar”. As necessidades de insulina aumentam e é preciso realizar mais testes para evitar que ocorram elevações excessivas da glicemia.
Os diabéticos ainda estão mais propensos a desenvolver a febre hemorrágica , por exemplo. O estado de coma também não está descartado. O diabetes mal controlado pode ocasionar uma série de complicações. Diabetes não tem cura, mas um bom controle glicêmico, associado a uma dieta equilibrada e exercícios físicos proporcionam aos pacientes uma vida normal e diminuem o risco de complicações decorrentes da doença.
Pacientes com câncer:
Já debilitados pelas sessões de quimioterapia, os paciente podem ter o tratamento interrompido caso sejam picados pelo mosquito Aedes Aegypti. Muitos problemas podem ser acarretados pela dengue no organismo do paciente em tratamento contra o câncer, pois a pessoa fica mais fragilizada. A dengue causa algumas reações no organismo que potencializam algumas alterações na parte fisiológica da pessoa, como queda de imunidade e de plaquetas.
Dependendo da reação da pessoa, o tratamento contra o câncer precisa ser interrompido por causa da dengue. Caso o organismo estiver muito fragilizado, o risco de fazer a medicação contra o câncer é grande. Como a dengue é uma doença limitada, que dura por volta de 10 dias, muitas vezes é recomendável que se pare com o tratamento nesse período.
Com informações do Ministério da Saúde