Hoje, 7/10, é dia de Nossa Senhora do Rosário, padroeira da cidade de Embu das Artes desde a criação da Lei Ordinária 3151/2019.
Padroeira de Embu das Artes
Fundada pelos padres da Companhia de Jesus na primeira metade do século 17, a cidade do Embu das Artes tem sua origem na antiga aldeia de M’boy. Era nestas terras, que ficava a fazenda de Fernão Dias e Catarina Camacho, sua mulher. Em 24 de Janeiro de 1624, o casal doou a propriedade aos jesuítas e tudo que nela continha. Mais tarde, depois do falecimento do marido, Catarina Camacho em seu testamento aprovado em 27 de Julho de 1668 impõe duas condições para efetivar a doação: o culto a Cristo Crucificado e a Festa de Nossa Senhora do Rosário, a quem a pequena capela da fazenda era dedicada. Por volta de 1690 o Padre Belchior de Pontes transferiu a capela existente nas terras doadas para outro local não muito distante, erguendo ali uma igreja maior que a anterior e conservando a invocação a Nossa Senhora do Rosário.
Na década de 40, depois de um decreto-lei mudar o nome M’Boy para Embu, dom Duarte de Leopoldo e Silva, arcebispo de São Paulo, determina a primeira recuperação da igreja e residência. O conjunto, um dos mais importantes d barroco paulista, torna-se Patrimônio Nacional, em 1938,e é restaurado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan, antes Sphan).
Dos jesuítas e dos índios guaranis, Embu herdou a vocação cultural, impressa na arquitetura da igreja, na escultura dos santos de madeira, no entalhamento e na pintura. A Virgem do Rosário, de 1719, é obra do padre Belchior; os índios produziram ornamentos e entalhes da Igreja. Com essas obras, o jesuíta e os indígenas marcam o início das artes em Embu.