O técnico em enfermagem e professor de Biologia Pedro Lafaiete Rosa, 39 anos, contraiu o vírus da gripe suína, como é chamada a gripe A (H1N1), e já está curado. Morador do Jardim Santa Tereza, Pedro conta que começou a tossir, teve febre e sentiu dores no corpo. No dia 27 de julho, segunda feira, sua filha de 17 anos estava com febre e ele decidiu levá-la ao Hospital Geral Pirajussara (HGP), onde trabalha. “Como eu comecei a tossir, a médica falou que eu faria também um raio-X. Vendo que meu pulmão estava bem infiltrado, ela deu alta para a minha filha e eu fiquei internado”, relata.
A princípio, o técnico em enfermagem achava que estivesse com um simples mal-estar. Segundo ele, a intensa falta de ar, que provoca até taquicardia, e a febre alta são os principais sintomas que diferenciam a nova gripe.
O Tamiflu, medicamento indicado para o tratamento, foi aplicado já no primeiro dia de internação. Colheram a secreção do nariz e da boca do paciente para realização do exame, enviado ao Instituto Adolfo Lutz.
Foram seis dias de internação até o sábado, 1º/8. Concluído o tratamento no hospital, Pedro foi orientado a terminar o período de isolamento em casa. Atento à medicação com o uso de antibiótico e aos cuidados de higiene recomendados pelos médicos, o paciente manteve normalmente seu convívio com a esposa e os três filhos.
Dois dias depois de estar em casa, na segunda-feira, ele recebeu uma ligação do setor de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde de Embu, informando-lhe que o exame era positivo. A demora em receber o diagnóstico confirmando a doença foi criticada por Pedro. “Saiu só uma semana depois. A única coisa que me deixa chateado foi essa demora, porque você fica na expectativa, e claro, o fato de ter dado positivo”, lamenta. Mas, segundo ele, tem uma explicação lógica, pois o Adolfo Lutz, laboratório público de referência do Estado, recebe uma demanda crescente de exames da nova gripe. Agora, sentindo-se plenamente recuperado, ele não vê a hora de retomar as suas atividades diárias, o que está marcado para essa segunda-feira, 17/8. "Graças a Deus, não aguento mais ficar parado", diz, aliviado.
Além de trabalhar no HGP, Pedro atua também no Hospital Geral de Barueri, onde teve contato com um doente que contraiu a gripe. “Provavelmente foi lá que eu peguei o ‘bicho’, porque tinha um infectado que inclusive entrou em óbito”, observa.
Até o momento, não há nenhum caso de morte por gripe A (H1N1) confirmado no município de Embu.
Cristiane Del Gáudio e Maria Regina Teixeira
A gripe suína (H1N1) está cada vez mais próxima da gente. Isso, porém, não deve assustar ninguém. A única diferença dela para uma gripe comum é que a nova doença é provocada por um vírus pouco conhecido. No entanto, a mortalidade que ambas causam é praticamente a mesma.
Ouça o que o ministro da Saúde José Temporão tem a nos dizer sobre a gripe suína e saiba como você pode evitá-la.
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