A Secretaria de Saúde através da Vigilância em Saúde promoveu na última terça-feira (16) uma ação conjunta com as secretarias de Meio Ambiente, fiscais de Obras, Saúde e Guarda Municipal para apreender uma criação de porcos que apresentavam risco à saúde pública.
Ao todo foram duas residências visitadas e em ambos os casos o que impressionava era a falta de higiene no local.
A primeira foi no bairro São Marcos e logo na entrada era possível ver o esgoto da casa sendo despejado na rua. Parte do quintal também estava tomado pelo esgoto, além da presença de tambores com água parada. Ao todo, eram 22 porcos no local e os moradores já haviam sido notificados por diversas vezes e não foi feita a retirada dos animais. Para o resgate, é necessário que o proprietário comprove que terá um local apropriado para deixá-los bem como transporta-los. Caso ninguém se manifeste, os animais serão doados a instituições que necessitem de ajuda.
A criação de suínos em local inadequado ocasiona graves problemas ambientais, entre eles a contaminação do solo e de corpos de água (rios, lagos, poços, etc.) Outra preocupação da Vigilância Sanitária é o consumo da carne proveniente do abate clandestino destes animais. Normalmente estes animais não passam por um controle sanitário e a carne não é inspecionada.
Neste caso, os proprietários foram autuados. Como alegavam que os porcos ajudavam na renda familiar e diante das condições de higiene no local e a situação de vulnerabilidade social foram contatados o Centro de Referência de Assistência Social – CRAS e a Unidade Básica de Saúde do Jardim São Marcos. Também, foram acionados os agentes de combate à dengue do Centro de Controle de Zoonoses que tomarão providências para orientar os moradores sobre os riscos e vistoriar o local para acabar com os locais passíveis criadouros do mosquito da dengue.
Na segunda residência, as condições eram ainda piores, havia cerca de 30 porcos criados para venda em pequenos mercados. Os animais ficavam confinados em um pequeno espaço na parte de baixo da casa. O mau cheiro vindo dos restos de comidas que serviam de alimento para os porcos, impregnava o local. Neste caso os proprietários foram autuados e em dez dias, caso os animais não fosses retirados do local, a mesma equipe voltaria para apreendê-los.
O município de Embu é uma área considerada 100% urbana, assim, a criação de suínos não é permitida. Mais informações na Secretaria de Saúde – Vigilância em Saúde, telefone 4785.3543.
