O atraso ocorrido na entrega de medicamentos do Programa Dose Certa, produzidos pela Fundação para o Remédio Popular (Furp), laboratório público do governo do Estado de São Paulo, que faz a distribuição para os municípios, causou grandes transtornos a Embu das Artes. Desfalcadas, as Unidades Básicas de Saúde (UBS), da Secretaria de Saúde, da Prefeitura de Embu das Artes, tiveram de lidar com pacientes irritados por falta de remédios.
O Programa Dose Certa, criado em 1995, distribui gratuitamente diversos tipos de medicamentos básicos, como analgésicos, antitérmicos, antibióticos, xaropes, antiinflamatórios e pomadas, que atendem ao tratamento da maioria das doenças mais comuns, como verminoses, febre, infecções, inflamações, pressão alta, diabetes, doenças do coração, além de sintomas como febre e dor. Novos itens passaram a ser distribuídos recentemente para o Programa de Saúde Mental e Programa de Saúde da Mulher.
O volume de medicamentos fornecido pelo Estado, através do programa, não atende a necessidade total do município, que faz licitação para compra dos remédios que faltam para distribuição. Neste ano, o lote de medicamentos que o Estado deveria ter entregue em fevereiro só chegou ao município de Embu em fins de abril. Como o atraso da entrega coincidiu com o processo de licitação de compra de medicação pela Secretaria de Saúde municipal, o transtorno foi ainda maior. Isso porque o estoque não foi suficiente para aguardar tanto tempo.
Um outro componente serviu ainda mais para tumultuar o serviço de saúde de Embu das Artes. É que alguns remédios de alto custo, como os usados contra a osteoporose e o colesterol, entraram para o Dose Certa, mas o governo do Estado não os forneceu. A entrada de novos itens no Dose Certa e a realização da licitação fazem parte do processo. Em 2009, houve aumento de 32%, com relação a 2008, na grade de itens do Dose certa, cobertos pelo município. Foi feita licitação, tudo com os mesmos procedimentos deste anos, só que como o governo do Estado cumpriu prazo, não houve transtornos. Neste ano, migraram para o Dose Certa mais medicamentos, e a Prefeitura de Embu faz licitação para cobrir custos de mais 60%, com relação a 2009.