Chegou o inverno e por causa do tempo seco, tem-se a impressão de que não precisa mais tomar cuidado com a dengue. Aí é que mora o perigo, pois muitas pessoas deixam acumular água em vasos ou recipientes dentro e fora de casa. Segundo Marcelo Monteiro Pinto, veterinário da Vigilância em Saúde, há uma diminuição no crescimento acentuado do número de casos. “Durante o inverno, há menor transmissão da dengue, pois o tempo fica mais seco, o que também reduz os pontos de água parada, que é usada pelo mosquito Aedes aegypti, o transmissor da doença, para se reproduzir”, explica o veterinário.
Contudo, os ovos do mosquito transmissor podem ficar incubados por até um ano em local seco, mas quando encontram condições favoráveis, começa a desenvolver. Por isso é importante manter os pratos dos vasos de plantas limpos e sem água, ou apenas com um pouco de terra; evitar deixar objetos que possam acumular água, como pneus, tambores, garrafas, dentre outros; expostos, devendo mantê-los limpo e coberto, ou retira-los do local.
Até o momento foram registrados no município 64 casos de dengue contraídos no município e 33 importado de outras cidades. Segundo a Vigilância em Saúde, esses números podem aumentar em virtude dos casos que estão em análise no laboratório.
Como forma de controle da doença a Secretaria de Saúde, por meio da Vigilância em Saúde, realiza avaliações de densidade larvária durante todo o ano. Esse levantamento é por amostragem retirada, aleatoriamente, nas residências. “Nesse processo serão contabilizados itens como água parada e presença de larvas do mosquito e, assim, estabelecemos um índice que aponta a real situação do momento de infestação do mosquito”, explica Marcelo Monteiro.
No Brasil, até o mês de maio, foram diagnosticados quase 800 mil casos da doença, e registradas mais de 300 mortes. Somente no Estado de São Paulo foram 99 mortes e 157 mil casos registrados. O alto índice, segundo a Vigilância em Saúde, se deve pelos três tipos existentes do vírus o que aumenta o risco de reinfecção e, conseqüentemente, aumento nos casos mais graves da doença.
Para o próximo verão, espera-se que haja um aumento substancial nos casos da doença em razão das altas temperaturas e da grande quantidade de chuvas esperadas para o final de 2010 e início de 2011. Para isso, a Prefeitura está se preparando para eliminar os criadouros do mosquito evitando uma provável epidemia.