A abertura do segundo ano letivo dos cursos de Extensão da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), no Campus Embu das Artes, mostrou a importância das ações da universidade na região sudoeste da Grande São Paulo.
O auditório de 320 lugares foi quase lotado pelo público. Na plateia, Luciana Pereira de Freitas, 24 anos, moradora do Jardim Santo Antonio, era uma entre os alunos matriculados em um dos 19 cursos oferecidos em sete áreas de conhecimento.
Estudante de Publicidade e Propaganda, buscando ampliar sua formação e interação com as políticas locais, Luciana matriculou-se no curso de Juventude, Mundo do Trabalho e Políticas Públicas. “Gostaria de estar me inteirando mais sobre as relações públicas, sobre a política do bairro, como é tratado o jovem no bairro, e é muito interessante saber como que realmente a prefeitura está tratando o jovem aqui”, disse ela. A localização do campus e a credibilidade da Unifesp também atraíram a estudante.
Representando o reitor Walter Albertoni, a pró-reitora de Extensão da Unifesp, Eleonora Menicucci, lembrou o compromisso assumido pela instituição ao instalar-se em Embu, firmando no município e região o tripé do ensino superior no Brasil. “Assumimos um compromisso com a população e a prefeitura de trazer a concepção de que a universidade é a indissociabilidade das ações de ensino, pesquisa e extensão”, afirmou.
Avaliando o papel da extensão universitária, ainda segundo a professora, os cursos na área devolvem à população o que ela paga em impostos. Para Eleonora, “os cursos de Extensão é que levam para a comunidade o conhecimento que toda população paga. É uma devolução social desse conhecimento”.
Acesso à Universidade
Esse papel é ainda mais fundamental na visão do prefeito Prefeito. Para ele, o funcionamento do Campus de Extensão antes do de Graduação democratiza o acesso à universidade – uma diretriz do governo Lula mantida pela presidenta Dilma Rousseff – e refletirá na formação de estudantes para ingressar no ensino superior de qualidade. “A Universidade Federal de São Paulo está trabalhando prioritariamente com boa parte das pessoas que teriam dificuldade em passar no vestibular comum”, ressaltou.
A união regional em torno de projetos como o da Unifesp foi destacada pelo presidente da Associação de Vereadores da Região Sudoeste (Aversud), Wagner Eckstein. “Participamos da maior conquista da nossa região”, avaliou.
O presidente da Câmara de Embu, Silvino Bomfim, destacou que “há uma quebra das barreiras do vereador legislar só em seu município”.