A arte naif perde Iwao Nakajima

06/09/2011 - 0:00
A arte naif perde Iwao Nakajima
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A pintura naif é uma tradição em Embu das Artes e Iwao Nakajima, uma de suas principais expressões, cuja ausência a arte e os embuenses que admiram o seu trabalho terão que se acostumar. Iwao Nakajima morreu no sábado, 3/9, vítima de ataque cardíaco. Tinha 77 anos e 55 de Brasil. Procedente do Japão, ele conviveu com outros grandes artistas da cidade e naturalizou-se brasileiro em 1977. Deixa mulher e três filhos.

Nakajima vivia um dos grandes momentos de sua carreira. Participou das últimas exposições Nikkei de Arte e Craft, no Festival de Cultura Japonesa, realizado anualmente na cidade. Representou Embu das Artes na 10ª Bienal Naïfs do Brasil, em Piracicaba, em 2010, surpreendendo de novo com suas obras que encantam pelos traços leves dessa arte tão primitiva, ingênua e popular.

O pintor naif (arte primitiva) recebeu em junho, da Câmara Municipal, a Comenda de Mérito Legislativo Padre Belchior de Pontes, "pelos relevantes serviços prestados à comunidade embuense". Em 2004, ele recebeu a medalha de ouro no 55º  Salão da Paisagem, em São Paulo, e em 2005, mais um ouro no 63º Salão Livre da Associação Paulista de Belas Artes (APBA). Também foi premiado com a medalha de prata no Salão Comemorativo dos 450 Anos de São Paulo, 44º Salão de Belas Artes e em exposições em Nova York, EUA. 

“A essência da pintura de Nakajima repousa sobre uma substância poética própria. O pintor é muitas vezes um poeta que escreve poesia com o pincel; uma poesia ingênua e pura, que tem suas raízes na memória, na sensação íntima da própria realidade”, escreveu o crítico Emanuel von Massarani.

Exposição no Consulado

Nakajima preparava mais uma exposição, de óleo sobre tela, com abertura prevista para o dia 8/9, às 17h, no Consulado Geral do Japão em São Paulo (Av. Paulista, 854, 3º andar).

 

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