Desvincular o serviço social da caridade e dar lugar à eqüidade, ou seja, direitos iguais de oportunidade para todos são os principais desafios de assistentes sociais de Embu que comemoraram o Dia do Assistente Social (15/5) com um café da manhã, seguido de uma aula de ikebana, arte milenar japonesa de arranjo floral.
O encontro no Parque do Lago Francisco Rizzo reuniu cerca de 50 pessoas, sendo 21 assistentes sociais da Secretaria de Cidadania e Assistência Social. "Estamos implantando no município o Sistema Único de Assistência Social (Suas), que busca cumprir de forma radical as orientações da Lei Orgânica da Assistência Social (Loas), de um modelo de gestão democrático, descentralizado e participativo das ações do serviço social e da gestão pública", explicou Viviane Araújo da Silveira, assistente social do Centro de Referência da Mulher. Segundo ela, os profissionais da área têm se empenhado em combater as marcas históricas da profissão: "o conservadorismo, o clientelismo e o assistencialismo".
Maria Cleuza Gomes, presidente do Fundo Social de Solidariedade, e Selma Fernandes, da Secretaria de Cidadania e Assistência, ambas assistentes sociais, falaram sobre a mudança de mentalidade e da importância de se construir uma cidade mais justa e igualitária. "Temos um grande desafio, o campo se abriu para os assistentes sociais e nossa responsabilidade aumentou", disse Selma, que sugeriu a todas as presentes, algumas iniciantes na carreira, muita criatividade, curiosidade, estudo e a multiplicação do conhecimento. "Eu profissional formada, técnica, devo provocar e buscar mecanismos para ajudar o outro a encontrar a solução para o seu problema", orientou.
A oficina de ikebana estilo sanguetsu foi coordenada por Fátima Nunes Silva, da Igreja Messiânica de Embu.
Rita de Biaggio
Município tem novas assistentes sociais
A Secretaria de Cidadania e Assistência Social de Embu reorganizou o seu quadro técnico, de acordo com as resoluções do SUAS, elaborado pelos governos federal, estaduais, municipais e do Distrito Federal em julho de 2006. Como parte desta reorganização, a Prefeitura de Embu realizou um concurso público em janeiro passado, abrindo 23 vagas para assistentes sociais. Seis profissionais aprovados foram chamados por ordem de classificação.
Declarando-se “apaixonada por Embu”, Luciana Rosa Campos mora no Jardim Sadie e conhece bem a cidade e o trabalho que vem sendo desenvolvido na área social pela atual administração. “No que tange a Assistência Social, Embu é pioneiro em várias políticas públicas”, avalia.
Luciana atua no Centro de Referência da Mulher (CRM) junto com Rosa Regina Ribeiro Andrade. Para o Centro de Referência da Juventude (CRJ) foi direcionada Maria Aparecida de Jesus. No Centro de Referência e Assistência Social (CRAS) da região central atende Edilene Sacramento. Convocada mais recentemente, Ivonete da Silva aguarda definição do seu local de trabalho.
Márcia Regina de Oliveira mora em Guarapiranga, zona sul de São Paulo e passou a trabalhar em Embu das Artes. Transitando pelos bairros, ela se surpreendeu. “Não imaginava que Embu era tão grande”, comentou a nova assistente social do município selecionada para o CRAS do Jardim Santa Tereza. Mas distância não é problema para Márcia, que cursa pós-graduação em Gestão de Políticas Públicas, Inclusão Social e Diversidade, numa universidade no Pari, zona central paulistana. A oportunidade conquistada pela profissional gera sentimentos positivos. “Tenho expectativas imensas por trabalhar diretamente com a população”, diz emocionada.
Maria Regina Teixeira