Embu das Artes está sendo bem representada na tradicional Bienal Naïfs do Brasil 2018 com a presença de seis artistas do município, que foram selecionados pela organização do evento para expor suas obras, entre eles, Célia Santiago (Festejo de São João), Raquel Trindade – in memoriam (Mouro e cristão), Renata Matusceviko (Era feliz e não sabia e Meu tio guloso), Silvia Maia (Santa Ceia feminina), Adri Lang (Baobá – guardiã dos segredos do mundo) e Aldophe (Mercado naif).
Na abertura da Bienal, que ocorreu no dia 17 de agosto no Sesc Piracicaba, estiveram presentes o secretário municipal de Cultura, Júlio Campanha, além dos artistas embuenses. Todos contaram com o apoio da Secretaria de Cultura da Prefeitura de Embu das Artes.
Em cartaz até 25/11, a Bienal Naïfs é uma das principais mostras de arte popular do Brasil e, neste ano, conta com 155 obras de 85 talentos vindos de 22 estados. Entre os trabalhos exibidos, haverão pinturas, esculturas, gravuras, desenhos, bordados, vídeos etc.
Segundo Paulo Dud, artista e um dos coordenadores da Secretaria de Cultura de Embu das Artes, houve uma ampliação da presença embuense nessa edição da Bienal graças à visita que Ricardo Resende, um dos curadores da exposição, fez aos ateliês dos artistas. “Sugeri ao Ricardo que viesse até nossa cidade para conhecer de perto a nossa cena, e esse contato o impressionou, o que foi primordial para que mais artistas fossem escolhidos, reiterando Embu das Artes como uma referência na criação de arte naïf”, declarou Dud.
Além desse reconhecimento, Embu das Artes é citado em quatro páginas do Catálogo Bienal Naïfs do Brasil 2018 – publicação editada com textos e fotos da exposição. No capítulo “A Arte é da Natureza Humana” do livro, um texto de Ricardo Resende descreveu sua experiência durante sua visita às casas dos artistas embuenses. Nele, Ricardo expressa sua sensação e encantamento com a natureza exuberante do território e o carinho e a hospitalidade das pessoas com quem se relacionou, exaltando a cena cultural local enraizada na aura de Embu das Artes, destacando a naïf como uma expressão rica em temas da cultura popular, não acadêmica, atuante fora do circuito tradicional.