Embu celebra o Dia da Consciência Negra (20/11) com uma programação imperdível nesta terça-feira. Os shows musicais começam às 15h, na Praça da Lagoa (Av. Elias Yazbek, s/n.º). Estarão presentes os grupos Z’áfrica Brasil e os ZafricanoZ, Dinho Nascimento (MPB), Ilú Obá de Min (banda feminina de percussão) e Nipe de Percussão do Teatro Popular Solano Trindade.
O mês dedicado à Consciência Negra tem no Embu atividades que mostram a riqueza e a diversidade cultural dos afrodescendentes. A abertura oficial das comemorações que vão de 10 a 23 de novembro aconteceu no domingo, dia 11. O Centro Cultural Embu das Artes foi tomado pela Dança do Café, apresentação folclórica de alunos de 2ª série da Escola Municipal Mauro Ferreira. As crianças de 8 anos cantaram e dançaram em homenagem à cultura cafeeira, com coreografia e pesquisa de Raquel Trindade baseada na dança Cafezal ensinada por Maria Margarida Trindade, mãe de Raquel, artista que herdou do pai Solano Trindade a paixão pela cultura afro-brasileira. Antes, houve leitura do poema Navio Negreiro, de Castro Alves, por José de Souza Pinto Junior.
A data celebrada em 20 de novembro, reconhecida oficialmente como feriado em Embu, chama a atenção para a necessária igualdade racial e de gênero no Brasil e no mundo. De acordo com Ana Rita da Encarnação, representante da Comissão Municipal de Promoção da Igualdade de Gênero e Raça, “o mundo só terá paz quando o coração da Terra for curado. Somos todos afrodescendentes porque a África é o berço da humanidade”.
Em apresentação de estréia, o grupo Curtindo Cultura encerrou o evento, mostrando um repertório variado: samba, chorinho e MPB da melhor qualidade. Petróleo – vocal e cavaquinho, Rogério Mello – vocal e violão, Sidney Teixeira – vocal e saxofone e Tio Vítor – percussão, músicos do Jardim Santa Tereza, uniram as experiências musicais individuais numa mistura de sons e suingue envolvente. Ao final, Petróleo deixou uma mensagem: “Negro, branco, amarelo ou vermelho, somos todos uma única raça: a raça humana”.
Gratuita, a programação é organizada pela Assessoria de Promoção da Igualdade de Gênero e Raça ligada à Secretaria de Cidadania e Assistência Social. As atividades foram prestigiadas pelos secretários Selma Miranda (Cidadania), Rosimary Matos (Educação), Prefeito (Gabinete), Marisa Silva, assessora de Igualdade de Gênero e Raça e pelo vereador Profº Silvino.
16 Orixás
Uma mostra inédita integra as atividades. Em 16 Orixás, peças de vestuário e indumentárias coloridas simbolizam e identificam os panteões das religiões de matriz africana podem ser apreciados na sala Josefina Azteca.
“’Ori’ significa cabeça e ‘xá’, força, na língua dos povos Iorubás do antigo Ketu, atual Nigéria. Você é um orixá vivo e cada um deles representa uma força da natureza” diz Ana Rita, uma das organizadoras. Ela explica que o Exu abre a exposição, pois é a divindade que abre as portas, protege e é responsável pela comunicação. Entre os orixás, Ogun rege a guerra e todos os elementos de ferro, representando a tecnologia no mundo atual. Ossain é o senhor da democracia, divindade responsável por todas as folhas (ervas). Oxossi é o rei da caça, responsável pelo alimento. Oxumaré é um panteão masculino e feminino presente no arco-íris. Nanã, a mais velha do panteão africano, é a própria morte, grande justiceira.
Yemoja (em orubá), ou Iemanjá, é a mãe que sustenta os filhos, a mãe dos orixás. Ela mora onde o rio encontra o mar. O rei Xangô tem a figura de um juiz, aquele quem dirá o que a pessoa merece ou não. Oxun é a deusa da água doce e está ligada ao útero, a tudo que cresce e reproduz. Iroko se encantou em árvore, é o tempo, aquele que não se pode pegar. Oxalá é o grande pai, o último orixá a ser rezado, para que tudo comece e termine bem.
Confira a programação:
15/11 – 19h – Praça do Jd. Vazame (rua Augusto de Almeida Batista) – Cinema na Praça com filme "Narradores de Javé"
18/11 – a partir das 9h – Quadra do Jd. Sto. Eduardo (rua Maringá com rua Formosa) – Basquete de Rua, grafite (Image, Nilo, Magros e Gambah) e música com o Dj Meio Quilo; tenda da saúde e oficina de dança afro. Show de hip hop a partir das 14h com os grupos Irmão de Atitude, Crônicas Sul, Esquadrão Maloca, Negro Sempre Negro, Segunda Via, Zinho da Trindade, Quinta Essência e Artifício.
20/11 – a partir das 15h, acontece um grande show na Praça da Lagoa (Av. Elias Yazbek, s/n.º) com os grupos Z’áfrica Brasil e os ZafricanoZ, Dinho Nascimento (MPB), Ilú Obá de Min (banda feminina de percussão) e Nipe de Percussão do Teatro Popular Solano Trindade.
21/11 – 14h – Centro Cultural Embu das Artes – Seminário sobre a Lei Maria da Penha
21/11 – 19h – E.M. Paulo Freire (Estr. de Itapecerica a Campo Limpo, Jd. Sta. Emília) – Exibição do filme "Narradores de Javé"
23/11 – 14h – Seminário de Saúde para População Negra – Local a definir