Mais segurança, conforto e profissionais capacitados. Essas são as três principais características que diferenciam o trabalho da Cooperativa de Trabalho dos Condutores de Escolares de Embu e Região (Escotrans) de empresas do segmento. Quatro anos após a fundação da cooperativa, os cooperados começam a mostrar os resultados do trabalho em equipe ao realizar a compra de cinco Vans que ampliam e melhoram o transporte escolar municipal. A nova frota foi apresentada dia 30 de janeiro
ao Prefeito Prefeito e ao secretário de Cidadania e Assistência Social.
Segundo o presidente da Escotrans, Ildete Gomes, a aquisição dos novos veículos só foi possível graças à renovação do contrato de exclusividade feito com o Colégio Adventista, que representou 30% de acréscimo na renda da cooperativa. Ao analisar a frota, o prefeito parabenizou os condutores pelo empenho e dedicação. "Fico muito contente ao ver que a cooperativa de transportes está gerando seus primeiros frutos. E fico mais feliz ao perceber que vocês estão progredindo e gerando trabalho a outros membros de suas famílias", comentou satisfeito.
É o caso da família Dias. Hoje, oito pessoas trabalham com transporte escolar. Até mesmo dona Edite Dias, 54 anos, está no ramo. "Tia" Edite, como é chamada carinhosamente pelas crianças, é responsável por monitorar a garotada durante o trajeto. "Desde 2002, minha família trabalha na cooperativa. Todos nós trabalhamos uniformizados e com uma monitora em cada veículo. Isso aumenta a confiança dos pais e valoriza nosso trabalho", explica Tia Jô, motorista.
Cooperativa de transportes: qualidade e segurança
Unir a categoria dos motoristas de transporte escolar é o objetivo da Prefeitura de Embu por meio da Escotrans, entidade que integra a Incubadora de Cooperativas subordinada à Secretaria de Cidadania e Assistência Social. Fundada em novembro de 2002, a cooperativa vem descentralizando o fluxo de itinerários entre os cooperados, possibilitando melhor aproveitamento do trabalho em equipe e agregando 70% dos motoristas que atuam pela cidade.
Hoje, a cooperativa conta com 29 condutores que atendem em média 1.200 crianças mensalmente, cobrando um valor que oscila entre 70 a 190 reais, dependendo da distância percorrida entre a residência e o colégio. O pagamento é feito diretamente entre os pais e o motorista, sem intervenção da Prefeitura. A única exigência estabelecida entre os cooperados é o repasse de 10% do valor arrecadado para o fundo da cooperativa, que é responsável pela manutenção de equipamentos, como uniformes, computadores, aparelho telefônico, entre outros.
Atualmente as cooperativas incubadas são classificadas em dois grupos: as residenciais e as associadas. As residenciais são aquelas em que os cooperados são gerenciados pela Prefeitura, permanecendo incubados por dois anos. Após esse período, as cooperativas são desvinculadas e tornam-se associadas, ou seja, são capazes de crescer sozinhas. Graças à parceria estabelecida entre a Prefeitura e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), mesmo as cooperativas associadas continuam recebendo cursos na área de cooperativismo, associativismo e palestras, que são ministradas gratuitamente. Genilda Dias, motorista da linha Jardim Santa Luzia, explica que ao entrar para cooperativa adquiriu mais respeito e obteve melhorias para a classe. "A prefeitura abriu as portas para nós, realizando contatos e convênios com mecânicas de auto-peças, borracharia e postos de gasolina", comenta.
Para tornar-se um cooperado é necessário ter o carro legalizado na Divisão de Transporte e Tráfego Urbano (DIVTRAN). Em seguida, o interessado deve comparecer à assembléia de cooperados para que avaliem se o novo membro está dentro do perfil adequado. A próxima etapa é realizar um curso preparatório oferecido pelo Detran, que fornecerá a credencial constando a mudança da habilitação para a categoria D.