A Cooperativa de Reciclagem de Matéria Prima de Embu (Coopermape) organizou um café da manhã, na quinta-feira, 12/8, no galpão onde são separados os materiais recicláveis, no bairro Jd Magali, para apresentar o projeto de investimento dos R$ 609 mil vindos do Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES). Lá estiveram reunidos secretários do Governo Municipal, representantes do legislativo, empresários que colaboram com o projeto da cooperativa, além dos cooperados.
“O papel da cooperativa é de inclusão social, geração de renda e sustentabilidade”, resumiu Andréa das Graças Braz, coordenadora do galpão. Ela começou a trabalhar com material reciclável aos 12 anos, juntamente com sua mãe que, hoje, é uma das cooperadas.
A primeira parcela já foi liberada e, com ela, foi possível a aquisição de uma esteira para a separação dos materiais, prensas, balanças digitais, uniformes e uma Kombi. A segunda parcela será destinada a compra de caminhões, para o transporte de recicláveis, capacitação dos cooperados em educação ambiental com o objetivo de serem multiplicadores desse conhecimento.
A contrapartida será o aumento no número de cooperados, passando dos atuais 45 para, pelo menos, 100 pessoas. Atualmente, a Coopermape, separa cerca de 100 toneladas por mês, mas esse número deve dobrar. Segundo o consultor da Ecoconsult, Júlio José Júnior, a capacidade da cooperativa hoje é de 300 toneladas/mês e, até o final do ano, terão condições de abrir mais 50 vagas.
O secretário de Meio Ambiente, João Ramos – na ocasião que representou o prefeito Prefeito, falou que essa meta será ultrapassada com facilidade, pois a coleta será realizada em 100% das residências, sendo que três dias na semana passará um caminhão recolhendo o lixo comum e duas vezes, o material reciclável. Com isso, aumentará a quantidade de resíduos que serão reciclados e diminuirá o material que será destinado ao aterro. João Ramos disse ainda que a população tem que fazer sua parte separando o material e, quando possível, utilizar o Posto de Entrega Voluntário (PEV), que são mais de 200 espalhados pelo município.
A criação da Coopermape teve início em 1997, como parte da implantação da coleta seletiva que consistiu na desativação do lixão, sendo substituído por aterro controlado. Com isso, inicia-se uma política no município de tratamento dos resíduos sólidos sendo uma estratégia para reduzir a quantidade de material destinado ao aterro, além de promover uma política de inclusão social com geração de trabalho e renda.