A Prefeitura de Embu das Artes, através da Secretaria de Desenvolvimento Social promove ações diversas com intuito de fortalecimento da capacidade das famílias em ofertar cuidados e proteção às crianças e adolescentes em situação de risco e vulnerabilidade social.
Uma das unidades de atendimento para crianças e adolescentes em situação de risco e vulnerabilidade é o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas). A unidade promove ações que visam acompanhar as famílias de adolescentes que também estão em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto.
Esses adolescentes são aqueles que sofrem e empreendem violências, muitos, imersos em diversos conflitos sociais. Nestes casos, as famílias são atendidas individualmente, em grupos e identificado sua rede de apoio territorial para que haja ações efetivas e transformadoras.
Os atendimentos grupais com as famílias destes adolescentes ocorrem uma vez por mês e são levantados temas que proporcionam a reflexão sobre conflitos familiares e suas resoluções; sobre violência, sociedade. Assim como sua responsabilização no processo de ressocialização do adolescente.
No dia 26/4, a reunião contou com a participação de um advogado que levou aos participantes informações e reflexões sobre a evolução histórica sobre o papel da criança e adolescente na sociedade, apresentou como as violações de direitos na infância aconteciam, como eram tratados na antiga Febem, até sua evolução a partir da efetivação do Estatuto de Criança e do Adolescente (Eca).
O Eca trouxe direitos e também os deveres das crianças e adolescentes; regularizou as medidas socioeducativas como uma forma de educar e ressocializar e não meramente punir.
Ou seja, a característica de uma medida socioeducativa é em primeiro lugar uma ação pedagógica ao adolescente e de apoio para a família.
Por fim, foram expostas às famílias as medidas socioeducativas previstas no Eca, quando e como são aplicadas, além dos papéis de cada instituição, poder público, família, sociedade e adolescente.
Os participantes foram muito receptivos a palestra, interagiram e fizeram muitas perguntas. Também, trocaram experiências de vida e as dificuldades frente ao conflito de geração – muitos pais encontram dificuldades no diálogo com os filhos e durante este encontro tiveram a oportunidade de planejarem estratégias que fortaleçam as relações familiares.