Multiplicar a cultura de paz e de não violência por meio da educação, criando nas escolas novas possibilidades de relação, com espaço para o diálogo, negociações, argumentações e cooperação entre todos que dela fazem parte, a partir de relações de amor e respeito com as pessoas. Assim é o programa Cultura de Paz e Cidadania na Educação, lançado oficialmente na sexta-feira, 7/6, no Pavilhão do Parque Rizzo.
A psicóloga Fernanda Giovanetti e a assistente social Fabiana Abreu e Agrella, ambas da Secretaria de Educação, encabeçam o programa, que surgiu a partir do pedido do secretário de Educação, Pedro Ângelo, para que se tivesse um olhar mais macro para a Educação, incluindo o cuidado com todos que fazem parte da rede, em especial docentes e estudantes. Fabiana participa do Núcleo de Enfrentamento à Violência do município e somando com a experiência dos atendimentos que realiza na Educação, dentre os quais chamam a atenção relatos de comportamento agressivo de alunos e denúncias de violência sexual e física, percebeu a importância de não ignorá-los, dando atenção para os modos como a violência se expressa para ser possível construir uma Cultura de Paz. “Precisamos pensar de forma mais preventiva. Combater violência é não ter violência” – relatou a assistente social.
Segundo Fernanda, o trabalho pode ser grande fonte de satisfação, mas também pode trazer sofrimento. A categoria de docentes é a categoria que mais sofre. Se ocupa de cuidar dos outros e se esquece de cuidar de si. E só percebe que está em sofrimento quando já está adoecido. Daí a importância de falar, de se abrir, e romper o ciclo. “O cuidado com o docente interfere diretamente sobre o cuidado com os estudantes e sobre a qualidade da Educação no município. Cuidar de si é cuidar do outro. A construção de relações mais respeitosas, cuidadosas e saudáveis é responsabilidade de todos e de cada um de nós. Chegamos aí novamente à Cultura de Paz” – afirmou Fernanda.
As estratégias adotadas pelo programa estão em consonância com a Agenda 2030 da ONU, que prevê uma série de medidas para erradicação da extrema pobreza, a implementação da cultura de paz, promoção da prosperidade e o bem-estar de todos, além de um desenvolvimento altamente sustentável. Serão utilizadas cinco frentes de atuação: Meditação, Espaços de Reflexão, Olimpíada Literária, Formação sobre Violência e Cultura de Paz e Jogos Escolares.
Inclusive, a Aula Inaugural “Formação de Multiplicadores: Meditação para uma Cultura de Paz” foi realizada durante o evento pela psicóloga da Secretaria de Saúde, Ana Maria Canejo, que será responsável pela formação dos profissionais da Educação, a fim de que seja multiplicada nas escolas como um cuidado para educadores e estudantes. A meditação traz vários benefícios para a saúde física e emocional, diminuindo ansiedade, melhorando a concentração e favorecendo relações mais saudáveis. As ações do programa podem ser acompanhadas pelo Instagram @programaedpaz.