Com muita poesia, música e emoção, encerrou-se a 3ª Edição das Olimpíadas Literárias no Cento Cultural Santo Eduardo, projeto da Secretaria de Educação de incentivo à produção literária e de ilustrações voltado para os alunos das fases 4 e 5, fundamental I e II, Educação para Jovens e Adultos (EJA) e para a educação especial (estudantes com deficiência) e que atingiu quase 20.500 pessoas. A novidade é que esse ano pais e conselheiros das escolas puderam participar e também foram premiados.
“Foi emocionante acompanhar o crescimento de todos, ver o trabalho efetivamente sendo construído. Agradecemos a todos os participantes e ao secretário Paulo Vicente, por idealizar esse projeto tão importante para a educação na cidade”, disse a assessora técnica pedagógica e coordenadora das Olimpíadas, Michele Santana.
O auditório do Centro Cultural estava lotado. Mais de 300 pais, professores e amigos acompanharam as apresentações dos trabalhos, de danças típicas da infância (Escravos de Jó), balé clássico e canto. Ao todo, foram 12 categorias que premiaram 33 pessoas entre alunos, funcionários da educação, e os pais e conselheiros.
Exibindo com orgulho a medalha de prata no peito, Luiz Antônio da Silva, 48, aluno da Educação para Jovens e Adultos (EJA) na E.M. Maria Josefina De A. Carvalho-Azteca mostrou que é possível estudar e se destacar: “Estou há uns 40 anos fora da escola, só sabia praticamente assinar meu nome, pouca coisa. Esse ano disse que ia ser diferente, pois decidi voltar a estudar. Essa medalha pesa mais de dois quilos junto com a emoção que estou sentindo”. “Eles se desenvolvem muito, são aplicados. A medalha é mérito dele, pois acreditou que era possível”, disse a diretora do Azteca, Eliana Perazzo, sobre o aluno da EJa, Luiz.
Joellinton Sandes Fabiano, 15, é aluno da E.M. Professora Valdelice Prass e recebeu a medalha de ouro na categoria Conto, Crônica e Memória. Sua produção, no entanto, carrega um drama pessoal: no mês de agosto, o garoto perdeu a mãe. Para homenageá-la, escreveu sobre o seu último aniversário, comemorado ao lado da mãe: “Ela infelizmente estava muito doente, dedico meu prêmio a ela”, disse emocionado.
Encerrando a noite, a aluna Larissa Vitória Rocha Silva, da E.M. Hermínio Espósito, pediu a palavra e, chorando muito, agradeceu a toda a equipe da educação: “Vocês são muito importante para nós, o evento está lindo”, falou a aluna que já participou de duas edições, em todas, ganhando medalha de ouro.
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As Olimpíadas Literárias são uma estratégia para promover a prática da leitura e da escrita nas escolas. Embora os professores já desenvolvam esse trabalho em sala de aula, nota-se a grande dificuldade dos alunos em atrelar as produções às técnicas ensinadas em sala de aula. O projeto tem aumentado o interesse dos alunos pelos livros e pelas salas de leituras das escolas. O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), acima do esperado em 2014, é um dos reflexos desse trabalho.