Os 88 professores de arte da rede municipal de ensino participaram na segunda-feira (24/8) da 2ª formação continuada Diálogos Curriculares, com o tema “Espaço, Lugar e Território: Diferentes Olhares de Embu das Artes por Meio de Fotografias”. O encontro ocorreu no Centro Cultural Mestre Assis do Embu em uma ação intersecretartial com a pasta de Turismo.
A vivência é um exercício que objetiva gerar conhecimento sobre aspectos históricos e culturais da cidade, dar suporte para a preparação de aulas, integrar e ampliar a identidade territorial dos estudantes e fomentar neles o dever da preservação de prédios e espaços públicos.
Pela proposta, inicialmente, os professores caminharam pelas ruas do Centro Histórico da cidade com câmeras de máquinas fotográficas e de celulares para registrar locais e objetos artísticos, culturais e turísticos, que considerassem de potencial pedagógico. Grupos foram divididos de acordo com a modalidade, Educação Infantil e Fundamental I e II.
A fotografia foi o instrumento para provocar essa apropriação e percepção material dos conceitos, que poderão ser inseridos no aprendizado nas salas de aula.
“O objetivo é que os educadores percebam Embu das Artes com outros olhares, além do senso comum, e valorizar o patrimônio do ponto de vista cultural, artístico e turístico”, disse a assessora técnico pedagógica, Darlene Virginia, da Secretaria Municipal de Educação.
Em seguida, eles retornaram ao Centro Cultural para uma roda de conversa, onde expuseram suas impressões, indagações e deram suas contribuições junto a Régis Pires (coordenador de Divulgação e Promoção da Hospitalidade Turística) e Sergio Barbi (assistente técnico), ambos da Secretaria de Turismo.
Para concluir a experiência, todos voltaram e refizeram a pé o mesmo trajeto no Centro Histórico, acompanhados pela assessora Darlene Virginia e pelo coordenador Régis Pires, que fez um relato sobre os prédios históricos, seus padrões estéticos, efeitos da especulação imobiliária, tombamento patrimonial, entre outros.
Para Régis Pires, inserir o turismo como tema transversal na grade curricular dos alunos é uma experiência fantástica, no intuito de constituir entre as crianças e famílias o sentimento de pertencimento à cidade, fazendo-os perceber algo além do espaço físico onde moram, como o lado rico em cultura, arte e história, buscando também despertá-los para a disciplina e o respeito à preservação do patrimônio histórico.
A experiência
Darlene e Régis notaram uma inquietação dos professores: “Eles demonstraram que querem contribuir com algo a mais para o município”.
As professoras da Escola Municipal Mikio Umeda e nos Núcleos de Educação Infantil Ressaca, Capuava e Rosa Cirelli deram suas impressões.
“Foi importante para desenvolver um olhar pedagógico sobre a cidade, que irá auxiliar a preparação de aulas e aproximar alunos ao Centro Histórico”, disse Nidia Ancila Fischer.
“Acredito no trabalho de despertar a responsabilidade de zelo ao patrimônio público”, afirmou Maria Cristina de Lima.
Já para Marcela Polonia Rizzi Soares, professora da E.M. Janaina Agostinho Oliveira, há estudantes que não se sentem pertencentes a Embu das Artes: “Creio que o conhecimento irá fomentar a integração ao território daqueles que moram em bairros distantes”.
Sobre a 1ª formação
A formação continuada “Diálogos Curriculares”, da Secretaria de Educação da Prefeitura de Embu das Artes, levou 88 professores de Arte da rede municipal à Pinacoteca do Estado em abril.
A proposta da parceria com a Pinacoteca é de criar um elo entre o museu e a escola pública, visando despertar o gosto dos estudantes pela arte.
Dando continuidade ao projeto, a Educação deu início ao ciclo de saídas culturais pedagógicas, de estudantes do 1º ao 5º ano, ao museu de arte mais antigo da cidade São Paulo. Nessa etapa do projeto, que foi de 5 de maio a 11 de junho, quase 1.800 estudantes participaram das saídas culturais ao museu.