Movimento pelo fim dos manicômios, uma luta de todos

19/05/2015 - 0:00
Movimento pelo fim dos manicômios, uma luta de todos
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As atividades realizadas em comemoração ao Dia Nacional da Luta Antimanicomial reuniu no largo 21 de Abril, em 18/5, usuários, familiares e profissionais dos serviços de saúde mental no município.  O programa do Mês Antimanicomial continua na quarta-feira, 20/5, com Ação no Centro de Referência de Assistência Social  (CRAS)  Vista Alegre / Igreja Santa Otília às 9h30 e, daí por diante, em outras unidades, até 29/5.

No Dia Nacional da Luta Antimanicomial houve apresentações de dança, com os grupos Batucalata e do Centro de Convivência do Idoso (CCI), música, poesia, artes plásticas e oficina ao ar livre, comandada pelo pintor expressionista, Wanderley Ciuffi.  Tônia do Embu, coordenadora do Memorial Sakai, ofereceu solidariedade lendo poesia (Auto do Cruzeiro) de Camila Trindade, dedicada a “todos que são loucos pela arte”. A artista Raquel Trindade também compareceu e parabenizou a equipe da Secretaria Municipal de Saúde pela realização do evento, feito anualmente sob a coordenação da Rede de Atenção Psicossocial.

O Governo Municipal, por meio da Secretaria de Saúde, atende mais de 7 mil pessoas, através da RAPS – Rede de Atenção Psicossocial de Embu das Artes.  Os Centros de Atenção Psicossocial (CAPSs), Centro de Convivência e toda a Rede de Saúde Mental na Atenção Básica é referência no atendimento em saúde mental e tem recebido equipes de outros municípios para troca de experiências. Esse atendimento valoriza a autoestima, o lazer, o trabalho, o conhecimento cultural do usuário, sem exclusão social. Não há manicômio na cidade e o Governo compactua com o movimento pelo fim dos manicômios.

“Quanto mais inclusivo, menos adoecimento”, explica a psicóloga Kátia de Paiva, assessora de Saúde Mental, da Secretaria Municipal de Saúde. Acrescenta que pessoas com sofrimento psíquico não devem ser isoladas, precisam viver em sociedade, com a família e, nos casos graves ou de crises, ter atendimento semelhante a qualquer outra. Ou seja, deve-se tratar as questões de saúde mental como qualquer outra questão de saúde, oferecendo um cuidado digno e preservando os direitos sociais dos cidadãos. 

A primeira crise da filha do caseiro Daniel ocorreu aos 20 anos. Para ficar junto dela ele passou a frequentar o Conviver. Estava no encontro Antimanicomial, enquanto a filha trabalhava, e hoje participa de todos os eventos do Conviver. Dança e toca violão, que estuda no Núcleo de Cultura do Pirajuçara. “Eu também mudei. Não fazia nada disso antes”, diz.

Programa

20/5, quarta-feira
9h30 – Ação no CRAS Vista Alegre / Igreja Santa Otília

21/5, quinta-feira
9h – Oficinas e rodas de conversa abertas à população no CAPS II Adulto
10h – Ação no CRM / CRAS Centro
13h30 – Encontro do Fórum Intersetorial de Drogas e Direitos Humanos, no CAPS II Adulto

25/5, segunda-feira
13h – Oficina de Grafite em tela com a artista Melissa Kuba, na praça do Jd. Mimás

26/5, terça-feira
9h – Ação no CRAS São Marcos
11h – Intervenção na sala de espera UBS São Marcos
13h – Ação no CRAS Pinheirinho

27/5, quarta-feira
14h – Porta Aberta: Música e Expressão, UBS Jd. Vista Alegre

28/5, quinta-feira
9h – Oficina em sala de espera na UBS Nossa Senhora de Fátima

29/5, sexta-feira
9h – Intervenção com trabalhadores na UBS Santo Eduardo
17h30 – Encerramento – Parque Rizzo (rua Alberto Giosa, 390), com Cine Parque Conviver: Exibição do filme ‘Intocáveis’ (2011). Após, debate com pipoca

Matéria atualizada em 21/5, com informações da Secretaria da Saúde

 

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