Retrospectiva de Marrey Luiz Peres

06/02/2013 - 0:00
Retrospectiva de Marrey Luiz Peres
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De 15 de fevereiro a 6 de março, Embu das Artes apresenta, no Centro
Cultural Mestre Assis (Largo 21 de Abril, 29) a retrospectiva Obra Reunida, com
100 trabalhos de Marrey Luiz Peres (1926/1993). O artista plástico viveu os
últimos anos de sua vida em Embu das Artes, convivendo com os artistas locais.
Em mais de quatro décadas, produziu pinturas, acrílica e óleo sobre tela,
peças de cerâmica e
santas de terracota que o tornaram conhecido em todo o País.

A
abertura da mostra será no dia 15/2, às 19h, com visitação, a partir de 16/2, todos
os dias, das 9 às 18h. A exposição é oportuna num momento em que a Feira de Embu das Artes
acaba de completar 44 anos, em 31/1. É organizada pela Secretaria de Cultura,
do Governo da Cidade de Embu das Artes, em parceria com a Galeria PontoArt, de
São Paulo, responsável pelas obras.

“Seja na fase das flores, cabeças, paisagens,
nos geométricos ou imagens próximas ao surrealismo, Peres mantém a coerência de
lidar com a tinta. Destaca-se a escolha pelo verde. É curioso verificar como
esse tom, bastante desafiador em termos de pintura, é usado com destreza não só
em paisagens, mas nas cabeças pintando olhos e cabelos com esse matiz”, diz o
crítico de arte Oscar D’Ambrósio. Para ele, o artista explorou várias
temáticas: “O primeiro fator que chama a atenção no conjunto da obra de
Marrey Peres é a versatilidade de técnicas”.

Os
artistas da cidade que conviveram com Marrey Peres reconhecem o carinho que o
artista tinha por Embu das Artes e o seu empenho pelo desenvolvimento
artístico-cultural. O coordenador de Artes Visuais da Secretaria de Cultura,
Paulo Dud, conta que, na década de 1990, o artista concluiu a construção do
Centro Cultural Virada da Montanha, no qual pretendia desenvolver cursos de
artes e promover exposições de jovens artistas. “Marrey reunia artistas em sua casa,
havia debate sobre esse assunto e encontros como esse contribuiam muito para as
discussões artísticas naquela época. Ele promovia saraus, acendia uma grande
fogueira, erguia um mastro no imenso quintal, na época das festas juninas, e
sempre juntava os artistas para pensarem sobre a arte”.

No Dicionário Brasileiro de Artistas Plásticos, de
1977,
Marrey Peres é citado como pintor, desenhista,
ceramista e artista gráfico, participante de importantes mostras e salões. De 1960 a 1980 foram anos muito
produtivos, período em que dirigiu a Associação Paulista
de Belas Artes
(APBA), em São Paulo. Ele
conviveu com mestres como Mário Zanini, João Rossi, Innocêncio Borghese,
Rodrigues Junior, Sante Bullo e Maria Albertina Vilaça Meyer.

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