UPA Zilda Arns completa um mês com atendimento de qualidade

12/01/2016 - 0:00
UPA Zilda Arns completa um mês com atendimento de qualidade
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Com um mês de funcionamento, a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Zilda Arns mantém em Embu das Artes uma média de 400 atendimentos diários, número semelhante ao antigo Pronto-Socorro do Vazame, atual Hospital Leito, comprovando a aderência da população ao novo equipamento.

Clayton dos Santos, morador do Jardim da Luz e um dos líderes da ONG Família Ser Humano, leva moradores do bairro que necessitam de cuidados médicos até a UPA – entre 15 e 20 pessoas por semana – e está gostando do novo equipamento de saúde da cidade. “O atendimento médico é bom e a unidade está funcionando. Um ponto bom é a classificação de risco, que classifica as pessoas que têm prioridade. Entre uma pessoa com dor de garganta, por exemplo, e uma com um caso mais grave, que precisa ser atendida rapidamente, ela será passada na frente. A UPA é uma opção muito boa”.

A UPA Zilda Arns vem consolidar o atendimento de saúde em rede na região dos Jardins Santo Eduardo, Dom José, Ângela, Santa Rita, Santa Emília e adjacências. Uma das áreas mais populosas na cidade e região de fronteira com bairros de grande concentração urbana e de grande vulnerabilidade de São Paulo.

A integração entre os equipamentos faz parte da reorganização do Sistema de Saúde do município que nos últimos anos promoveu readequações dos serviços para um atendimento mais resolutivo e de qualidade.

Ter um sistema de saúde em rede significa ter serviços de diferentes complexidades ofertados à população, garantindo um atendimento integral ao cidadão, uma das diretrizes do Ministério da Saúde. Atualmente, os munícipes de Embu das Artes contam com um sistema composto pelas Unidades Básicas de Saúde (UBSs), Centro de Especialidades e, desde dezembro, com o serviço de emergência da UPA 24h e apoio do Hospital Leito.

Classificação de risco

A unidade é nova, inclusive, no atendimento que, semelhante a grandes hospitais privados, conta com o sistema de classificação de risco. Uma novidade capaz de salvar vidas, onde casos de urgência/emergência são diagnosticados por um moderno sistema e recebem prioridade no atendimento. A classificação é feita com o auxílio de um computador que faz a medição dos sinais vitais do paciente – pressão arterial, glicemia, temperatura e outros dados dependendo da queixa do paciente. A partir desses dados alimentados no computador e da conversa com o enfermeiro é emitido um extrato que classifica o risco do paciente, atribuindo-lhe uma cor.

Aos pacientes com patologias mais graves é atribuída a cor vermelha (emergência); casos muito urgentes recebem a cor laranja; a cor amarela é entregue aos casos urgentes; e as cores verde e azul representam casos de menor gravidade, com possibilidade de aguardar por mais tempo. A avaliação gera um relatório que indica para qual especialidade médica o paciente será encaminhado e em quanto tempo.

Apesar de inovador, a população ainda está se acostumando ao sistema de classificação de risco, um processo natural segundo técnicos da Secretaria de Saúde: “A classificação fortalece a Rede de Saúde e o cuidado à saúde da população embuense, oferecendo mais qualidade, racionalidade e equilíbrio. Mas, claro, requer uma mudança de cultura da população e de toda rede de serviço”, garantem os funcionários.

Hospital Leito

O Hospital Leito, no Jardim Vazame, também completa um mês de funcionamento. Ainda está em fase de adequação física, mas já mantém entre 20 e 30 pacientes internados diariamente, num ambiente totalmente diferente de um pronto-socorro. O hospital-leito recebe pacientes que entram pelo PS Central e pela UPA, que aguardam transferência para outros hospitais ou precisam, por exemplo, de um tratamento à base de antibióticos, mas são de menor complexidade. Duas médicas diaristas e dois médicos plantonistas acompanham diariamente os pacientes.

Ouça o que alguns dos usuários têm a dizer sobre a UPA:

Joana Darc da Rocha Casais, moradora do Jardim Dom José, procurou a UPA em uma crise de hipertensão. Para ela, conforme prevê o sistema de classificação de risco, problemas mais graves devem, sim, ter atendimento prioritário.

 

Hélio Gomes Vasconcelos Filho acompanhou o atendimento dos filhos Ana Paula (11) e Maurício (28) e garante que nem mesmo utilizando planos de saúde teve atendimentos tão rápidos quanto na UPA.

 

Clayton dos Santos, um dos líderes da ONG Família Ser Humano, que transporta pessoas debilitadas até o atendimento médico, acredita que, apesar do pouco tempo de funcionamento, a UPA tem pontos positivos, entre eles, o sistema de classificação de risco.
 

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