A segunda etapa da Campanha de Vacinação contra o HPV (Human Papiloma Vírus), iniciada no começo de setembro, prossegue na próxima semana até 10/10, com o reforço da dose para meninas entre 11 e 13 anos, vacinadas na primeira etapa da campanha.
A respeito das reações adversas que a vacina possa apresentar a médica sanitarista e coordenadora da Vigilância em Saúde de Embu das Artes, Célia Medina, garante: “Não há motivo de preocupação, a vacina contra o HPV já foi testada e vem sendo utilizada há muito tempo, em diversos países. Não há relatos de efeitos adversos em Embu das Artes, a vacina é uma importante fonte de proteção dessas meninas contra o câncer de colo de útero, que é o segundo câncer de maior incidência entre as mulheres”.
Ao contrário de outras vacinas, a vacina contra o HPV não usa o vírus enfraquecido, mas apenas, um pedacinho do vírus, que tem uma proteína chamada L1, suficiente para ativar o sistema de defesa do organismo contra o HPV.
Segundo Helena Sato, diretora de imunização da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, os casos de reação adversas apresentadas no Brasil, podem ser reação emocional e não física: “Tem a ver com essa preocupação, com o medo de que essa injeção possa doer. A própria OMS já define esse termo: ‘reação de ansiedade após imunização’”.
A vacinação contra HPV está sendo aplicada nas escolas municipais, estaduais e particulares e nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) do município. Além das quase 7 mil meninas que foram vacinadas na primeira etapa da campanha, adolescentes que completaram 11 anos após a primeira fase, também deverão receber primeira dose.
A Campanha contra o HPV faz parte do Programa Nacional de Imunizações (PNI), do Ministério da Saúde, e pretende imunizar 80% do público-alvo em todo o País. Em 2015, será a vez das meninas de 9 a 11 anos receberem a vacina e, em 2016, somente as de 9 anos.