27ª Corrida do Fogo Simbólico da Pátria é neste sábado

02/09/2016 - 0:00
27ª Corrida do Fogo Simbólico da Pátria é neste sábado
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Amanhã, 3 de setembro, Embu das Artes recebe a “27ª Corrida do Fogo Simbólico da Pátria”, tradicional evento do município com 44 anos de existência que ocorre na Semana da Pátria em comemoração ao Dia da Independência. Com apoio da Prefeitura, neste ano o evento homenageará os desportistas da cidade que fizeram história no passado.



Implantada e coordenada pelo professor Pedro Ayres e uma Comissão, a corrida consiste em levar até Embu das Artes uma tocha que será acesa, às 7h, na pira do Monumento da Independência, no Ipiranga, em São Paulo. De lá, um veículo a conduzirá até Taboão da Serra para entregá-la nas mãos de uma Comitiva de 20 atletas que, a pé, percorrerão a rodovia Régis Bittencourt até o km 276 (Posto 22) para se encontrarem com a grande concentração de participantes que, em revezamento, carregarão a tocha pelas ruas de Embu das Artes até o Parque Francisco Rizzo (rua Alberto Giosa, 390), onde o fogo ficará aceso em uma pira até dia 7 de setembro.



No Parque Francisco Rizzo, ocorrerá uma solenidade e homenagens com a participação de autoridades, da Banda Municipal e grupo de dança. O evento terá apoio operacional das Polícias Militar e Rodoviária, Divitran, GCM e Autopista.

 

  

Trajeto da tocha (3/9)

  • 7h – Monumento do Ipiranga: Saída do grupo com a tocha
  • 8h – Taboão da Serra (rua Roberto Simões Souza, próximo à Intersul): 20 atletas recepcionam a tocha
  • 9h – Embu das Artes (Rodovia Régis Bittencourt, km 276, no Posto 22): Concentração de todos participantes inscritos
  • Percurso nas vias de Embu das Artes: Hélio Ossamu Daikuara, Isaltino Victor de Moraes (ponto de hidratação), Cassio M’Boy, Cândido Portinari, Quirino da Silva, Emancipação, Belo Horizonte (estádio Hermínio Espósito). Em seguida: Luiz de Almeida Carvalho, Runafo Lira e Alberto Giosa (Parque Francisco Rizzo). Hora prevista para término do trajeto: 12h



História



O “Fogo Simbólico da Pátria” surgiu em 1937, no Rio Grande do Sul, idealizado por um grupo de patriotas que procurava um símbolo que representasse o civismo brasileiro. O fogo foi escolhido por ser um elemento cuja descoberta deu início à evolução do homem.

A ideia foi levada à Liga da Defesa Nacional, na época, que acolheu com entusiasmo e sugeriu que o fogo deveria percorrer o território nacional, numa corrida de revezamento. Assim, em 1938, uma pequena corrida ocorreu num trecho de 26 km, entre as cidades de Viamão e Porto Alegre, constituindo-se na 1ª Corrida do Fogo Simbólico da Pátria.

Com base em fontes impressas e orais, compreende-se que ela pode ser considerada uma apropriação da Corrida de Revezamento da Chama Olímpica.

Em Embu das Artes, a “Corrida do Fogo Simbólico da Pátria” surgiu em 1972, quando o professor Pedro Ayres, inspirado na corrida com a tocha que passara pela região ao longo da Rodovia Régis Bittencourt, vinda do sul do País, decidiu que o município deveria fazer a sua.



Desde então, ela tornou-se uma prática cultural que marcava o início das comemorações da “Semana da Pátria”, em setembro, com a participação de estudantes, professores e diretores da rede de ensino, com apoio do governo municipal, comerciantes e empresários.



Três dias antes do dia 7 de setembro, um ônibus levou um grupo de alunos uniformizados de branco ao Monumento da Independência, no bairro do Ipiranga, em São Paulo, onde há uma pira acesa permanentemente, e lá acenderam a chama da tocha e a conduziram, com revezamento, pelas ruas e avenidas de São Paulo, passando por Taboão da Serra até chegar a Embu das Artes, totalizando um percurso de 45km.

Com apoio de motos da escolta policial, um veículo aberto carregando três bandeiras (Brasil, São Paulo e Embu das Artes), abria espaço para os corredores com a tocha.

Mais alunos uniformizados iam se juntando ao grupo à medida que se aproximavam da cidade, integrando a corrida até a pira olímpica, fixada inicialmente na escola estadual Madre Odete de Souza Carvalho (MOSC) e, em outros anos, no estádio Hermínio Espósito (a pira também já esteve instalada em escolas e em frente à antiga sede da Prefeitura no Largo 21 de Abril). Ali autoridades locais e o prefeito acendiam a pira para oficialmente abrir a Semana da Pátria. Durante esse período, eram realizados jogos esportivos nas quadras das escolas.

Uma vigília da chama era acompanhada por alunos voluntários que ficavam em revezamento dia e noite para não deixá-la apagar. Nas primeiras horas do dia 7 de setembro, aconteciam pelas ruas da cidade desfiles de fanfarras e de carros alegóricos e demonstrações de ginástica, com participação de todas as escolas da cidade. No final, a chama era apagada na pira, encerrando a comemoração.

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