Representantes dos estados do sudeste estiveram concentrados na Escola Municipal Paulo Freire por três dias para debater sob o tema “MOVA -Compromissos e desafios”.
O entusiasmo era a marca das delegações que participaram do 4º Encontro Regional do Mova Sudeste, organizado na Escola Municipal Paulo Freire, nos dias 28, 29 e 30 de agosto, em Embu das Artes. A Secretaria de Educação e a coordenação do Movimento de Alfabetização – MOVA-Embu promoveram o encontro de representantes vindos de Minas Gerais, Rio de Janeiro, e de várias cidades de São Paulo.
Durante os três dias foram discutidos dez temas principais para elaboração de uma carta contendo as diretrizes que serão levadas ao encontro nacional, previsto para 2010. Proposições para conquistar espaço como instrumento fundamental na erradicação do analfabetismo, os educadores populares são cientes das carências das comunidades, pois surgem das próprias comunidades.
No domingo, 30 de agosto, o prefeito Prefeito manifestou apoio à questão dos educadores populares e declarou: “O MOVA, como todos os movimentos sociais, mesmo com o empenho de um governo democrático e popular, sofre a desvalorização e desqualificação dos objetivos, por isso é tão importante a insistência e a determinação ao defender essa causa”.
Educadores vindos de cidades distantes como Onadiva Vieira da Silva, de Belo Horizonte (MG), ficaram satisfeitos em poder aperfeiçoar os conhecimentos enquanto discutem os rumos do MOVA. “Nas discussões vão se formando novas ideias”, afirmou ela. Vindas de Nova Iguaçu e Belford Roxo (RJ), as educadoras Shirley dos Passos Ferreira e Valéria Marcos lamentaram a falta de reconhecimento do MOVA como reforço significativo na luta contra o analfabetismo. Shirley revela preocupação com a capacitação dos educadores populares, que não têm preparo específico, por exemplo, em LIBRAS (linguagem de sinais), importante para a inclusão do público com deficiência auditiva.
Os integrantes do MOVA defendem que, como movimento independente, é tão eficiente quanto os programas Educação de Jovens e Adultos (EJA) e Brasil Alfabetizado, pois atuam nas comunidades como difusores da cidadania e por desenvolverem atividades mais do que educativas ao ensinar a conviver e a reconhecer direitos e deveres. “Muitas vezes, fazemos o papel de assistente social e de advogado”, completa Valéria. As atividades do encontro incluíram manifestações culturais e passeio pelo centro histórico de Embu das Artes.