Cidade faz o primeiro intercâmbio de saúde

29/07/2014 - 0:00
Cidade faz o primeiro intercâmbio de saúde
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Com reconhecida experiência no cuidado às pessoas com transtorno mental e/ou necessidades decorrentes do uso de álcool e outras drogas, Embu das Artes, com proposta antimanicomial para tratamento, iniciou em 22/7, o seu primeiro intercâmbio de saúde. O programa Saúde Mental na Atenção Básica se estenderá por um ano, com participação de representantes dos municípios de Araçuaí (MG),  Eunápolis (BA), Guapimirim (RJ), Moju (PA), Terezina (PI) e Torres (RS). Esse é o primeiro grupo de dez profissionais, dos 120 que virão à cidade em dez meses, sendo dez de cada localidade, para o treinamento.  

A proposta do intercâmbio, uma parceria entre o Ministério da Saúde e o Governo Municipal, por meio da Secretaria de Saúde/Centro de Atenção Psicossocial (Caps), é a troca de experiências entre as equipes, fortalecendo a Rede de Atenção Psicossocial (Raps) de cada localidade, compartilhando a produção coletiva de conhecimento.

Durante um mês, os dez profissionais cumprirão amplo cronograma de atividades. Considerando que a saúde mental não está dissociada da saúde geral e as demandas estão presentes em diversas queixas, em especial da Atenção Básica, os profissionais têm o desafio de perceber e intervir sobre essas questões. Daí a importância desse treinamento.

“Pretendemos discutir que a saúde mental não exige necessariamente um trabalho para além daquele já demandado aos profissionais de saúde, mas que esses profissionais precisam incorporar ou aprimorar competências de cuidado em saúde mental na sua prática diária, de tal modo que suas intervenções sejam capazes de considerar a subjetividade, a singularidade e a visão de mundo do usuário no processo de cuidado integral à saúde”, esclarece Kátia Paiva, coordenadora de Saúde Mental, da Secretaria Municipal de Saúde.

Espera-se que os profissionais dos outros municípios compreendam qual o modelo de saúde discutido em Embu das Artes, com uso de estratégias para as intervenções, como  redinhas – espaço para debate entre profissionais dos segmentos de saúde, educação, segurança (GCM),  assistência social e outras organizações da região –, reuniões dos conselhos gestores, rodas de conversas, fórum intersetorial de direitos humanos, roda de terapia comunitária, dentre outras atividades contempladas no cronograma.

Depois do desenvolvimento do programa na cidade, profissionais locais, responsáveis pela proposta, visitarão os outros municípios para realização de oficinas de atualização de 40 horas/aula em cada um deles. 

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