Durante seis meses, artesãos da cidade se dedicaram a organizar e produzir trabalhos para a 1ª Expo Art’Cultura de Natal. A mostra, aberta em 5/11, é a primeira de produtos de decoração, artesanato, artes plásticas e culinária artesanal. A principal proposta dos participantes é elevar o artesanato local à mesma condição das artes plásticas. Depois de destacar que “2, 8% do PIB estão nas mãos do artesanato”, a artesã Lindáurea Sá revelou que o evento é também uma busca pelo título de Cidade Criativa para Embu das Artes.
O setor de artesanato emprega 8,5 milhões de pessoas e fatura 28 bilhões por ano no País. “Se não fosse a Feira de Embu das Artes, desde as primeiras toalhas colocadas no chão do largo 21 de Abril, a nossa cidade não seria Embu das Artes”, declarou o prefeito. Segundo ele, os primeiros expositores, artistas e artesãos, foram pessoas visionárias. Com a feira, impulsionaram o desenvolvimento da cidade, a chegada de restaurantes, bares, lojas de arte e artesanato, antiquários, galerias de arte e os turistas. “Esta exposição entra para a história da cidade”, disse Prefeito, classificando-a como o início de um grande projeto e fonte de renda para os artesãos.
O secretário de Turismo, Valdir Barbosa, salientou que o mapeamento artesanal recém-concluído indicou que 108 pessoas de produção artesanal estão fora da Feira de Embu das Artes, que hoje conta com 700 expositores, entre artistas e artesãos. Na exposição há móveis artesanais da Apoena Decorart, de Cido e Bernardo Marques, da Casa de Móveis Coloniais, do antiquário Coliseu Móveis e trabalhos de 60 artesãos, feitos de papel, corda, tecido, barbante, bambu, arame. Para marcar o Natal, tem o presépio de Itamar.
Colchas de retalho
Seis artesãs (Lindáurea Sá, Lia Squierdo, Marianele, Ironilda Soares, Ilma Brás e Marta Moraes) criaram a colcha de retalhos com motivos históricos, de arte e artesanato da cidade, a que deram o nome de Embu de Todas as Artes. Elas já começaram a produzir a segunda colcha, com o nome São Paulo de Todos os Povos, e depois farão a terceira, Brasil de Todas as Cores. O trabalho é feito em encontros uma vez por mês, com café da manhã ou chá da tarde, em que elas tricotam, bordam e conversam, a exemplo do belo filme Colcha de Retalhos, dirigido por Jocelyn Moorhouse, em 1995.
A abertura da mostra, coordenada pelas artesãs Lindáurea Sá, Ana Paula e Ana Ilsa Rodrigues, contou com música gospel, na voz de Raina Magdalon (autora do repertório) e Rogério Versaty. Estavam presentes Hillmann Albrecht, presidente da Associação Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Embu das Artes (Acise) – que entregará o cargo em janeiro para o presidente eleito no dia 1º/12, José Batista Rodrigues, da Embu S.A Engenharia e Comércio –, o secretário de Cultura, Alan Martins Leão, e o vereador Clidão do Táxi.
O evento é uma realização da Prefeitura de Embu das Artes, por meio das Secretarias de Cultura e de Turismo, tem patrocínio da Caixa Econômica Federal (CEF) e do governo federal e apoio da Acise, Solene Sabor, Buenos Vinho, Viviane Juliole, Aline Stopa, Casa do Artesão, Jade Sá Freitas, CCR Rodoanel, Encontro do Chopp e outros.
O Instituto Embu de Sustentabilidade (IES), que funciona em Itatuba e oferece teatro, dança do ventre e violão, também participa da mostra, que pode ser visitada diariamente, das 8 às 17h. Programação de canto, música e dança, nos dias 13 e 14/12, 19h. Centro Cultural Mestre Assis do Embu (largo 21 de Abril, 29). Entrada gratuita. Quem quiser colaborar com o Natal de pessoas carentes deve doar um brinquedo ou produto de higiene pessoal.