O Fundo Social de Solidariedade de Embu das Artes entregou doações ao Abrigo Institucional Toca da Coruja na manhã de 16/1. As entregas foram acompanhadas de perto pela presidente da entidade, Daniela dos Santos de Almeida Brito, que conferiu os detalhes em todos os momentos. Foram doadas cortinas, mesa de ping-pong, mesa de centro para sala e uma colcha para o sofá.
“A ação transforma ainda mais o ambiente, deixando-o mais acolhedor e aconchegante, com mais jeito de casa. Os quartos, por exemplo, não tinham cortinas, alguns estavam com vidros quebrados. Arrumamos os vidros e trouxemos essa doação”, disse a presidente do Fundo.
Para Ana Sena, coordenadora do abrigo, mais que um local de passagem, ali é o local onde todos aprendem a conviver em harmonia e respeito. “Temos nove jovens aqui, meninos e meninas, com histórico de violência, abandono e negligência. Aqui eles todos participam de atividades, sempre com mediadores e monitores, e vivem como uma família”, falou.
B.A. tem 16 anos e o sonho de ser bióloga marinha. “Estou aqui desde que saí da Fundação Casa, e me sinto muito bem, aprendo e me sinto acolhida de verdade”.
M.C. , 9, está há dois meses no abrigo e não pretende ir embora tão cedo: ”Sou feliz aqui, as tias são muito legais e tenho vários ‘irmãos’ “.
As cortinas e a colcha de sofá foram confeccionadas pela professora do curso de Corte e Costura e Pintura em Tecido, Maria Carminha Corrêa, a dona Carmem. A mesa de centro foi doada pela marcenaria MDL Móveis e a mesa de ping–pong foi dada pelo próprio Fundo.
Lar para todos
Desde o ano passado, a Secretaria de Assistência Social, Trabalho e Qualificação Profissional assumiu a gestão do abrigo, que tem capacidade para acomodar 20 crianças ou adolescentes entre 0 e 17 anos de idade que tiveram seus direitos violados. O local conta com uma equipe composta por supervisora, psicólogos, assistentes sociais, cozinheiras, faxineiras, oficineiros e educadores.
Além da alimentação, são oferecidos a eles cursos de cerâmica, pintura em tela, música, escotismo, informática (Telecentro), além de frequentarem oficinas do Centro de Referência da Juventude (CRJ) e receberem orientações para o mercado de trabalho. Todos estudam no ensino regular.