Prefeitura acaba de receber 500 instrumentos do governo federal e há mais pedidos
A Escola Municipal de Música de Embu das Artes apresentou crescimento de quase 400% no número de inscrições neste semestre, em relação ao anterior. Deve crescer ainda mais em número de alunos. Com apoio do governo federal, por meio do Ministério da Cultura, já recebeu quase 500 instrumentos, sendo que, para completar o pedido feito pelo prefeito Prefeito, o ministério ainda enviará à cidade mais 15 violinos semiprofissionais e duas baterias. Está prevista nova solicitação de marimba, xilofone e tímpano, através do convênio de compra de instrumentos entre o governo federal, que participa com 86%, e a Prefeitura, com contrapartida de 14%. Com mais instrumentos, a Escola de Música amplia a oferta de cursos de música, gratuitos, à população.
Ao fundar a Escola de Música, no segundo semestre do ano passado, o governo municipal manteve os cursos de música em Núcleos de Cultura nas comunidades. Assim, a Escola contou neste ano com 750 inscritos, trabalha hoje com quase 400 e tem fila de espera, enquanto outros alunos aprendem música em cursos dos Núcleos de Cultura, que funcionam em centros culturais e associações de bairro. Ao todo, são 500 estudantes de música na Escola e nos Núcleos de Cultura.
“A população abraçou o projeto. Temos aqui pai, mãe, filho, cada um aprendendo um instrumento, jovens e adultos que não tiveram oportunidade de estudar e que agora têm acesso à música”, declara o professor José de Carvalho, um dos coordenadores da Escola de Música, ao lado de Hamilton Oliveira, Héder Cardoso e Poliana Evangelista.
Alunos elogiam projeto
Entre os estudantes, de sopros, teclado, cordas, corda friccionada (violino), corda percussiva (piano), percussão, bateria, está o segurança Carlos Alexandre, 39 anos, morador do Jd. Ângela, casado, dois filhos. O mais velho, 15 anos, estuda bateria. Carlos escolheu percussão e está na primeira fase, comum a quem entra para a Escola. Depois de duas etapas de testes, a primeira escrita e auditiva e a segunda de aptidão, com entrevista, ao entrar na escola todos começam pelos cursos de Teoria e Concepção e de Canto e Coral, para em seguida estudar especificamente o instrumento escolhido, ou aprofundar-se nesses segmentos.
“Vejo com bons olhos a Escola de Música e outros projetos na cidade. É um trabalho de socialização”, diz o estudante. Sua professora, Elisa Cristina Tobias Martins, avalia que tem talento e também sabe que o projeto embuense de ensinar e propagar a música vai além do ensino dos instrumentos, mas busca torná-la também instrumento de socialização e qualidade de vida.
Na aula de Teoria, do professor Jonata Ventura, a estudante Selma da Silva Ferreira, 22, moradora do Jardim Santo Eduardo, prepara-se para ser violinista profissional, a carreira escolhida. O curso é de quatro anos de duração, e a dedicação diária, por pelo menos 15 minutos, é necessária desde já, avisa o professor. “Eu acho a escola muito boa. É perto da minha casa…”, diz Selma. Acrescenta que não poderia estudar se tivesse de pagar pelas aulas. Levy dos Santos, 14 anos, estudante, e Renato Foresto, 35, professor de Inglês, aprendem saxofone com o professor Jaime e elogiam a iniciativa de criação da Escola. “É muito bom poder estudar aqui”, diz Renato.
“Os instrumentos chegaram em boa hora para mais aulas e treinamento, já que 85% dos nossos alunos não têm instrumento em casa. Nesse caso, o aluno pode agendar com a direção das Escola de Música o seu horário para o sábado, dia em que todos podem vir até a Escola para treinar”, informa José.
A Escola Municipal de Música fica no Centro Cultural Santo Eduardo (rua Iva, 100) e funciona às segundas, quartas e sextas, das 8 às 19h40, e aos sábados para ensaios, em horários agendados.
