No Dia da Enfermagem, cerca de 190 profissionais da área de saúde de Embu – enfermeiras, auxiliares de enfermagem e técnicos – receberam uma injeção de ânimo e alegria. Ele foram presenteados, nos dias 16 e 17 de maio, com a exibição de Doutores da Alegria – o Filme, um documentário sensível e bem-humorado que retrata a vida de um grupo de artistas profissionais, que atua há 13 anos para levar alegria a crianças hospitalizadas, seus pais e profissionais de saúde, através da arte do palhaço, nutrindo esta forma de expressão como meio de enriquecimento da experiência humana.
Segundo Prefeito, chefe de Gabinete da Prefeitura de Embu, 70% da população do município tem uma renda familiar abaixo de R$ 2.000 e 25% vive com renda familiar de até dois salários mínimos. "Trata-se, portanto, de uma população que depende muito do poder público, seja na Educação, na Assistência Social, na Habitação e, principalmente, na Sáude", explicou. "E se vocês não estivessem segurando a onda no atendimento aos pacientes nós não estaríamos conseguindo transformar a Saúde, que quando assumimos estava sucateada, não tinha programas específicos para segmentos como o das mulheres, portadores do vírus HIV, entre outros", frisou Prefeito.
"Queríamos trazer para os profissionais da enfermagem uma reflexão sobre a nossa profissão, os enfrentamentos do dia-a-dia e como isso interfere no atendimento ao paciente", afirmou Isabel Fuentes, enfermeira e secretária-adjunta da Secretaria Municipal de Saúde. "A enfermagem é um grupo privilegiado, pois está na linha de frente ao atender o paciente; um trabalho árduo, mas que devemos exercer com alegria", disse Laura Covello, diretora da Secretaria.
Para Mônica Aparecida Lopes, coordenadora do setor de enfermagem de Embu, a vontade, a coragem e a alegria formam o tripé que sustenta a profissão e o trabalho de enfermeiros(as): "As ações de humanização envolvem um vínculo subjetivo entre quem cuida e quem é cuidado. Por isso, a alegria é tão importante, porque ela é contagiante".
É justamente neste vínculo, neste olhar profundo entre paciente e palhaço, que atuam os Doutores da Alegria, até conseguir arrancar da criança e do adulto aquela alegria perdida na dor e no sofrimento. E sempre dá certo – o paciente se manifesta, sorri, dança, conversa. Segundo o palhaço Wellington Nogueira, um dos fundadores do grupo no Brasil, "a besteirologia deve ser aplicada diariamente até que o paciente não saiba mais como ficar triste. É remédio para a vida toda. Não tem contra-indicação".
O Doutores da Alegria é uma Organização Não-Governamental (Ong) e realiza cerca de 50 mil visitas por ano a crianças internadas em hospitais de São Paulo, Rio de Janeiro e Recife. Além de ter sido considerado pela Unesco uma obra que promove a Cultura de Paz, o documentário recebeu vários prêmios no Brasil e no exterior.