"Manipulando o abstrato obtém, com suas curvas, suas concavidades, seus vazados, um efeito rico em beleza e emoção…Num país de poucos escultores, apesar do nome tutelar do Aleijadinho, coloco, hoje, Assis, entre os maiores, ao lado de Bruno Giorgi, Brecheret, Ceschiatti, Sonia Ebling e Francisco Stockinger".
Almeida Sales, crítico de arte, sobre a arte de Assis do Embu
"Corria o ano de 1957. No Ibirapuera estava sendo montada a IV Bienal de São Paulo. Entre os pedreiros que trabalhavam na montagem das salas, carregando caixas, levantando paredes, havia um mineiro magro, crioulo. Um dia ele vinha carregando uma caixa e viu uma pessoa conhecida: Wolfgang Pfeifer, ex-diretor de Arte do Museu de Paris, que veio ao Brasil para dirigir o Museu de Arte Moderna de São Paulo. Pfeifer também viu o moço da caixa:
– Ué, Claudionor, que é que você está fazendo aí?
Claudionor Assis Dias, o Assis que já ganhara um prêmio de escultura em 1954, em exposição da qual Pfeifer era da comissão julgadora, explicou que estava ali trabalhando de pedreiro, precisava defender a comida.
– Mas isso não é trabalho pra você, rapaz.
E Assis foi encarregado de montar a sala de Segalli, a de Morandi e ainda ajudar na restauração da maquete de Brecheret, exposta na Bienal".
O Cruzeiro, edição de 3 de fevereiro de 1970
"Era um grande artista, um grande amigo, tenho muita saudade dele, nós viajamos muito pelo país todo divulgando os artistas e o nome de Embu".
Wanderley Ciuffi, artista plástico e amigo
"Assis foi o símbolo da coexistência brasileira entre todos os partidos, as artes, as religiões, entre todos os povos".
Isadora Prates, artista plástica