Entrevista Humberto Panzetti

03/03/2009 - 0:00
Entrevista Humberto Panzetti
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Humberto Panzetti é um profissional dedicado ao esporte há 30 anos. Formado em Filosofia e Educação Física, é mestre em Educação e Filosofia da Educação e especialista em treinamento, e assessorou mais de uma dezena de cidades na implantação de política pública para o esporte. Panzetti é um dos seis membros da Comissão da Lei de Incentivo ao Esporte, que avalia os projetos potencialmente beneficiários da lei que reduz o imposto de renda de patrocinadores ou doadores do esporte no Brasil. Foi conselheiro nacional do Esporte (o CNE é o braço consultivo do Ministério), é conselheiro estadual da área e presidente da Oned (Organização Nacional das Entidades do Desporto). Professor universitário, ministra aulas de graduação e pós-graduação em suas áreas de atuação. Panzetti nasceu em Sorocaba, tem 48 anos e quatro filhos.

Quais são seus planos iniciais para a Secretaria de Esporte e Lazer de Embu das Artes?
Panzetti: Nós vamos estabelecer qual a política pública do esporte que o município de Embu tem a oferecer para a população. Nessa política pública tem de ter garantida a questão da democratização e da cidadania. O esporte servirá como ferramenta na área da educação, para atingir a valorização do cidadão, melhorar sua auto-estima. Vamos fazer valer o direito do cidadão, transcrito na nossa Constituição, que é dever do Estado oferecer esporte e lazer.

Há alguma ou algumas medidas que considere prioritárias?
Panzetti: Penso que seja prioritária a formatação dessa política pública. Quando falo em política pública é justamente estabelecer o que vai ser prioritário.

Você destacaria alguma modalidade?
Panzetti: Há uma carência incrível de profissionais para atender as diversas modalidades, enquanto há um grande contingente administrativo. O objetivo é oferecer para a população no mínimo quinze esportes diferentes. É o que a gente entende ser no mínimo o necessário para democratizar. Eu viso atingir a grande massa com aqueles esportes entendidos como da elite, e o esporte tem de derrubar essas barreiras.

Com a sua experiência na gestão do esporte, quais as perspectivas para o crescimento e a projeção do esporte em Embu das Artes?
Panzetti: O nosso principal objetivo é atender diretamente em dois anos a 17 mil pessoas (7% da população). Este objetivo foi lançado hoje (2 de março). Quero chegar a esses dezessete mil atendimentos até o final de 2010, para que eu dê uma resposta no mínimo satisfatória para a população. Um dos aspectos prioritários agora é a divulgação, para que a população de Embu tenha acesso ao que está sendo realizado.

Em que a sua experiência como atleta contribui para a gestão do esporte e o desenvolvimento do seu trabalho?
Panzetti: Contribui justamente por eu ter vivido os dois lados, da administração e do atleta. Acho que a experiência de atleta é fantástica porque você consegue visualizar as deficiências, lógico que de uma forma individual. Ter sido atleta está diretamente vinculado a essa vivência.

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