Mulheres de todas as idades participaram da cerimônia de abertura da 9ª Semana da Mulher, dia 8 de março, no Centro Cultural Mestre Assis do Embu. Vindas dos quatro cantos da cidade, delicadamente tomaram conta do auditório. Muitas vestiam a cor que marca a data: o lilás. Já outras, arriscaram e compuseram um visual mais ousado, como uma senhora que enfeitou seu chapéu com diversos badulaques coloridos. Algumas levaram seus companheiros, outras os filhos, e teve também aquelas que chegaram sozinhas, mas que logo encontraram as amigas. Apesar do clima de festa, o dia foi marcado pela reflexão.
Segundo o prefeito Prefeito, o Dia Internacional da Mulher não é uma data de comemoração, mas um dia bastante importante, assim como o da Consciência Negra. Chico anunciou três medidas que serão implantadas para o fortalecimento das políticas públicas para as mulheres: construção das sedes próprias do Centro de Referência da Mulher e da Delegacia de Defesa da Mulher, além da criação da casa abrigo para as mulheres vítimas de violência. “Nós não conseguiremos a universalização verdadeira senão construirmos meios que garantam a especificidade de cada segmento”, afirmou.
Para o secretário de Participação Cidadã, Pedro Pontual, a construção da identidade da mulher é um elemento fundamental e por isso foi escolhido como tema central das comemorações. “A inclusão social se faz para todos, principalmente para aquela parcela da população que sofre”, declarou.
O Coral Madrigal Iakirana, formado por Wilma Abondanza e seus filhos, emocionou a platéia com o Poema das Marias, de Solano Trindade, seguido pela música Maria, Maria, de Milton Nascimento e Fernando Brant. A apresentação seguiu com muita música e poesia. Eu sei que vou te amar, de Vinícius de Moraes e Tom Jobim, foi oferecida por Wilma a Itagyba Kuhlmann, seu esposo e idealizador do coral, que não pode comparecer ao evento. “Foi ele quem me ensinou a lutar pelos meus direitos”, disse bastante emocionada.
O evento prosseguiu com a Roda de Conversa “A mulher e a construção de sua identidade”, com a jornalista e pesquisadora em direitos humanos, Mariângela Graciano, que falou sobre as principais diferenças na forma de educar meninos e meninas, brincadeiras, responsabilidades domésticas, cursos ofertados, práticas esportivas, entre outros assuntos. Temas como a dificuldade das mulheres em ocupar cargos públicos, o tratamento desigual dado pela mídia e as condições das mulheres encarceradas também foram discutidos. Após a palestra, o público pode fazer suas considerações.
Em seguida, o prefeito Prefeito inaugurou a exposição “Embu 50 anos: Mulheres que constroem histórias”. Quinze mulheres da cidade, de profissões, religiões e sonhos distintos estão sendo homenageadas na exposição que prossegue até 13 de março. Acompanharam o evento Marisa Araújo Silva, coordenadora do Centro de Referência da Mulher, Selma Fernandes, secretária de Assistência Social, Cristina Santos, secretária chefe de Gabinete, Maria Cleusa Gomes (Ná), vereadora, além da sociedade civil.
No mesmo dia a equipe do Centro de Referência da Mulher intensificou sua ação nas 13 regiões do Orçamento Participativo, distribuindo material informativo à população.