Exposição Alguns Contemporâneos

19/06/2009 - 0:00
Exposição Alguns Contemporâneos
Acessibilidade

Abertura da exposição
25 de junho, quinta-feira, 20 horas
Exposição até 2 de agosto de 2009

Centro Cultural Mestre Assis do Embu
Largo 21 de Abril, 29
Centro Histórico
Embu das Artes – SP

Arte Contemporânea, um Conceito Preguiçoso…

1. Nascimento do conceito
O conceito de moderno, por assim dizer, coincide com o conceito de História.
Um fato seguido de outro, como sua conseqüência.
Na História da Arte, a essa seqüência de inovações, deu-se o nome de modernidade.
E ao seu ápice, Arte Moderna.
Quer dizer, a Arte Moderna traz em seu bojo o ímpeto da inovação.
Não da inovação pontual, ligada à criatividade de autor, mas da inovação histórica,
 essa sim, originada da criatividade de autores que se unem em torno de interesse impensado antes.
Inovações seqüenciais. A última fundamentada na penúltima…
até que tal liberdade de inovações fez a última descolar-se, em muitos sentidos, da sua antecessora.
A ponto de negá-la. Uma espécie de antiarte. Ou Arte Contemporânea.

2. Coisas chamadas contemporâneas
Muitas coisas passaram a ser chamadas Arte Contemporânea.
O que incorporou diversidades radicais de modo e de aparência.
Dos inovadores ligados à rebeldia da antiarte aos mestres que, voltados ao passado,
procuraram aperfeiçoar conquistas estéticas dando-lhes novos ares.
Formalistas e expressionistas, para mencionar dois modos que se opuseram um dia,
passam a conviver com minimalistas e outros modos, como nessa exposição.
 O denominador comum é a auto-reflexão.
Aquela parcela expressiva que sussurra ao observador: “Sou arte? Serei arte?”
 Ou outra parcela que clama: “Não sou arte. Vire-se. Não estou aqui, nem aí. Só quero…”.
Excluídos os modernistas, os primitivistas, as artes étnicas… estabelecidos.

3. Contemporâneo de quem?
Chamar a essa manifestação do espírito e da vontade humanos de Arte Contemporânea é pura preguiça.
Preguiça de pregar-lhe um apelido global, menos ligado a um conceito datado
da primeira vez que essa ordem de manifestações se apresentou.
 É impulso formal, pouco imaginativo, porque desprega a palavra do conceito,
 transformando-a em um som que apenas soa diante de certas coisas, incapaz de qualificá-las.
A menos que se  pense que a Arte Contemporânea é a arte que é contemporânea de si própria.

Gabriel Borba
Embu das Artes, abril de 2009

Alvaro Franklin

Escultor amplamente reconhecido no Brasil e no exterior, iniciou sua carreira com o avô, com quem aprendeu modelagem para fundição e serviço de forjaria. Estudou entalhe no SENAI, modelagem e escultura no Liceu de Artes e Ofícios, em São Paulo.  Cursou também artes em geral com os professores Galilei Emendabili e Vicente Larocca, além de muitos outros. Fez cursos de especialização em Artes Plásticas e História da Arte. Em 1957, transferiu-se para o Rio Grande do Sul, onde iniciou suas pesquisas em Arte Indígena, Africana, Latina …  Nessa fase dedicou-se à cerâmica artística e à pintura. Iniciou o curso de Filosofia, na Universidade Católica de Pelotas. 

A partir de 1975 dedicou-se exclusivamente à escultura, tornando-se um dos artistas exclusivos do Escritório de Arte – Renato Magalhães Gouvêa. Participou  de uma série de exposições coletivas e projetos diversos em São Paulo e em diversas cidades do país, como Museu de Arte Moderna de São paulo, no Artes-Paço, em Recife e em Brasília.  A partir de 1993 criou uma parceria de sucesso com Claudio Alonso, colecionador e marchand, nos Estados Unidos, o qual o apoiou na inclusão de suas obras em coleções particulares em vários países do mundo, como França, Espanha, Itália, Holanda, Porto Rico, Arábia Saudita e EUA.

Correra & Gonda

Gerson Correra e Renato Gonda são artistas plásticos  e designers, há mais de 20 anos trabalhando e assinando coletivamente seus trabalhos – Correra & Gonda. Suas obras vão do micro ao macro – desde pequenas peças em série (para brindes e presentes empresariais) até esculturas monumentais de vários metros (para residências e áreas públicas). A arte está no tridimensional e nas pinturas; o design passeia por mesas, tapetes, objetos…

A pedra e a luz se equilibram como opostos: denso e etéreo, pesado e fluido, material e transcendente. Correra & Gonda têm dezenas de exposições individuais pelo país, além de obras em várias partes do mundo. Críticos como Enock Sacramento,  Lula Freire, Jacob Klintowitz, Radha Abramo, Alfredo Bosi, Jorge Anthonio,  Carlos Bratke – entre outros, já escreveram sobre sua obra. Gonda é também poeta, com vários livros editados e premiados. Gerson Correra e Renato Gonda são professores universitários.

Gabriel Borba

Gabriel Borba, nascido em São Paulo em 1942, é arquiteto, “designer” e artista plástico. Ganhou o Prêmio Forma de Desenho Industrial em 1977. Como artista, esteve na  Xª Bienal de Paris, 1979, e na XVI Bienal de São Paulo, 1981. Tem obras nas coleções do MAC USP, São Paulo; Itaú Cultural, São Paulo; MAM, São Paulo; MOMA Nova Iorque; Centre Pompidou, Paris.

Seu trabalho tem sido visto em mostras históricas por todo país e exterior. Publicou inúmeros trabalhos em revistas como a DOMUS, Magazine of Architecture, Design, Art, de Milão, Itália, e colaborou com artigos, em diversas ocasiões na Revista D&I; na revista Projeto Arquitetura, Planejamento e Desenho Industrial; além de ser citado em edições como Artistas Japoneses no Brasil, livro organizado por Maria Luiza Tucci e outros. Fundou com Maurício Fridman a Cooperativa Geral para Assuntos da Arte em 1974 e participou da fundação e direção da Cooperativa de Artistas Plásticos de São Paulo em 1978. Foi diretor da Divisão de Artes Plásticas do Centro Cultural São Paulo e implantou o Jardim de Esculturas do Museu de Arte Contemporânea da USP. É consultor para a implantação de museus. Atualmente, faz o acompanhamento técnico para a reforma do prédio do Detran, que será a sede definitiva do MAC. 

Gaíga

Jair Alves dos Santos ou simplesmente “Gaíga”, paulista, nasceu em 1961. Vem se destacando como um dos novos nomes das artes plásticas no Brasil, um dos fundadores do grupo Trapo Humano, na Faculdade de Artes Plásticas da Fundação Álvares Penteado (FAAP). Orientado por Nelson Leiner, Gaíga passou a aprimorar seu processo criativo e a escolher o caminho da pintura abstrata em lugar do figurativismo. Jair usa as cores de forma a possibilitar intensa vibração cromática, impressionando o observador também por seu traço gestual.

Para Nelson Leiner,  “Jair Gaíga pinta vibrações informais evocações de uma dimensão interior subjetiva, revelada na cor, ritmo e densidade. A sensibilidade construída”, afirma o mestre. Esta é a viagem permanente de Gaíga no universo estético da arte contemporânea.

Milton Takada

Milton Tsutomu Takada, natural de Bilac, estado de SP, é artista plástico formado pela Faculdade de Belas Artes de São Paulo. Desde 1985, participa de salões e exposições coletivas como a 3ª Mostra Darcy Penteado de Arte no Museu do Café, em Santos- SP/ 2005, Uma viagem de 450 anos no SESC Pompéia/2004, Mapa Cultural Paulista 1997/96, entre outras.
 
Em 2008, Centenário da Imigração Japonesa, o artista participou de várias exposições no país e no Japão: Exposição Itinerante no Japão: Trajetória dos cem anos dos artistas plásticos Nikkeys no Brasil; Hall Sanchiká de Kobe, em Hyogo; Museu de Belas Artes de Miura, em Ehime; Galeria do Povo de Yokohama, em Kanagawa; Museu de Arte da Província de Kumamoto; Três gerações de Nikkeys – Galeria Vicente Di Grado – Centro Universitário Belas Artes-SP; 2ª Grande Exposição de Arte Bunkyo – Museu da Cultura Nipo-Brasileira –SP; Conexão Brasil /Japão – Ação Cultural no Metrô (Estação Paraiso-SP); Cem anos de Arte Nikkey no Brasil– MuBE – SP; Arte e Liberdade – Casa de Portugal –SP.  Em 2009, participou de exposição no Centro Cultural FIESP e no Espaço Cultural do Conjunto Nacional – SP.  Realizou quatro exposições individuais, recebendo o prêmio de 1º Lugar no 3º Prêmio Espaço Cultural Banco Central, com a mostra Os Sacripantas, em 2007.

Paulo Dud

Nascido em São Paulo em 1953, Paulo Dud tem se dedicado às artes há mais de 30 anos. Desenvolveu sua habilidade artística através de vários cursos, como produção visual gráfica, desenho no Liceu de Artes e Ofícios, pintura na Funarte, entre outros. Desde 1983, participou de inúmeras exposições individuais e coletivas no Brasil, onde foi premiado em diversos salões de arte, e tem quadros em coleções no exterior.

“O meu trabalho pode ser classificado como abstrato-geométrico e tem suas raízes no néo-construtivismo alemão da escola Bauhaus que modificou os conceitos da arte moderna e da arquitetura, produzindo obras que tinham como fundamento a geometria e a matemática; procuro somar os conceitos da Bauhaus à optical arte e através desta reconstrução expressar um universo simbólico próprio de formas e cores que produzem belos efeitos de ilusão óptica”. 

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