Embu das Artes receberá no dia 23/4, às 18h, a oficina Protagonismo negro nos filmes de horror: do blaxploitation à cena contemporânea. Gratuita, com 4 horas de duração e ministrada pelo crítico e pesquisador de cinema Carlos Primati, a atividade contará com apresentação de slides e trechos em vídeo.
Estão disponíveis 40 vagas para pessoas a partir de 16 anos. Os interessados deverão se inscrever presencialmente, de terça a sexta-feira, das 9h às 17h, no Centro Cultural Mestre Assis do Embu (largo 21 de Abril, 129, Centro), local onde será realizada a oficina.
A atividade é uma parceria da Secretaria de Cultura de Embu das Artes com o Pontos MIS (Museu da Imagem e do Som).
Sinopse:
Os filmes de horror têm muito a ver com a história das pessoas negras, pois o horror é basicamente a história do oprimido sendo acuado por seus algozes. O tratamento a afrodescendentes nas telas durante muito tempo foi caricato, indigno e muitas vezes ofensivo. No terror isso começou a mudar com A Noite dos Mortos-Vivos (1968), o primeiro filme do gênero protagonizado por um ator negro (sendo que o papel originalmente não especificava a questão racial).
O fenômeno da estética blaxploitation (movimento cinematográfico norte-americano que teve como intuito lutar pela maior presença negra nas telas de cinema no início dos anos 70) trouxe as primeiras versões “black” de monstros clássicos, incluindo Blacula e Blackenstein. Esse cenário mudou radicalmente nos últimos anos, com uma grande variedade de filmes de horror com protagonismo negro, a partir do sucesso inesperado de Corra! (2017), de Jordan Peele, premiado com o Oscar de melhor roteiro original. Peele prosseguiu com “Nós” (2019) e “Não! Não Olhe!” (2022), e produziu A Lenda de Candyman (2021), dirigido por Nia DaCosta, ajudando a tornar o tema um dos focos centrais do horror atual.
