O Governo da Cidade de Embu das Artes inaugurou, em 24/7, a nova sede do Centro de Atenção Psicossocial – CAPS II e CAPS AD (Álcool e Drogas), bem no centro da cidade, na rua Domingos de Paschoal, 203, depois de ampla reforma do prédio onde funcionou a primeira escola do município e o Fórum. Bem localizado, com áreas amplas, equipado com salas de atividades, de tevê e som, consultórios, enfermaria, cozinha, copa, banheiros com chuveiros, praça de descanso, o novo CAPS está mais equipado para acolher pessoas com doenças mentais que vivem na cidade.
A nova sede do CAPS é uma importante conquista para os usuários desse serviço e suas famílias, fato festejado pela gerente da unidade, Patrícia Garcia de Souza; de grande significado para a pasta da Saúde, de acordo com a secretária Sandra Magali Filhie Barbeiro, e de especial dimensão para o prefeito e sociólogo Prefeito. Além de melhorar o atendimento no setor de saúde, o novo CAPS evidencia a mudança de conceito na administração de Embu das Artes na última década, com avanço de grande relevância na área social.
Em 2001, quando o então prefeito Prefeito assumia a administração da cidade, a qual governou por oito anos, o governo federal ia fazer uma intervenção no município por causa da falta de qualidade e equipamentos nos serviços de saúde. A verba equivalente a R$ 7 milhões investida no setor naquele ano pulou para R$ 54 milhões em 2010. Porém não foi só isso que mudou. Há evidência de progresso nas diversas áreas e a população hoje tem melhor assistência social.
A cidade passou por várias transformações. A Secretaria de Promoção Social, da qual Prefeito foi secretário na gestão Prefeito, recebeu o título de Secretaria de Assistência Social. E os projetos iniciados na gestão de Prefeito ganharam continuidade, com aprimoramento, ampliação, novas medidas. “Hoje temos Banco de Alimentos, Centro de Referência do Idoso, que começou com um grupo em 2001 e hoje são 25 grupos, Centro de Referência da Mulher, criado em 2001 e que já atendeu mais de 15 mil mulheres vítimas de violência (o atendimento indireto, familiar, chega a 60 mil pessoas). Avançamos na área social e a política pública que estamos implantando não será interrompida porque tem apoio do povo e de colaboradores”, disse o prefeito.
Depois de lembrar as reformas de oito postos de atendimento médico e a construção do pronto-socorro na região do Jardim Santo Eduardo, os programas bem-sucedidos de combate a doenças, como dengue e tuberculose – medidas que para ele não basta o dinheiro tem que ter compromisso para realizar –, Prefeito acredita que a instalação do CAPS no centro permite uma visibilidade necessária dos problemas de qualquer cidade. “Tem algo que esquecemos do ensinamento indígena. Nessa comunidade nem um membro é de responsabilidade só da família, mas em primeiro lugar da comunidade”, disse o prefeito. Ele destacou o trabalho desenvolvido por entidades, incluindo Organizações não Governamentais (ONGs) e igrejas de vários segmentos religiosos, em benefícios de pessoas com problemas mentais e acrescentou que a Prefeitura, como poder público, também tem de participar oferecendo atendimento gratuito a esses pacientes.
A gerente Patrícia Garcia destacou: “Há 20 anos o doente mental sofria de exclusão social, era atendido na borda da cidade, bem longe da vista da sociedade e hoje estamos aqui. Vamos continuar trabalhando para que essas pessoas continuem conquistando espaço para atendimento no CAPS, nas UBS, no Centro de Convivência Conviver”. Para a secretária de Saúde, Sandra Barbeiro, o novo CAPS é uma demonstração de que a área de saúde mental, que hoje ocupa espaço em âmbito nacional, vem sendo atendida. “Embu foi protagonista da Conferência Municipal e fez a mobilização da região para participação na 4ª Conferência Nacional de Saúde Mental, realizada em Brasília”, disse a secretária.
Na conferência, Embu levou a maior comitiva, de 14 pessoas, que entregou carta de reivindicação ao governo federal e defendeu nos debates a expansão da reforma psiquiátrica, com a ampliação de equipamentos substitutivos aos manicômios, mais acesso dos usuários de hospitais ao programa De Volta Para Casa, e investimento na implantação de residências terapêuticas. Embu é ainda um município que legitimou o Centro de Convivência para atendimento ao doente mental, que foi legalizado, mas que muitas cidades ainda não conseguiram implantar.
“E vamos avançar mais: em meados de 2011 queremos que o CAPs II tenha atendimento 24 horas para acolher as pessoas com problemas mentais. Além disso, estamos desenvolvendo uma proposta revolucionária, que é a do Consultório de Rua que vamos implementar para acolher usuários de álcool e drogas”, disse a secretária. “Implantar o atendimento 24 horas é um desafio, que já está abraçado por todos nós”, disse Prefeito.
A inauguração da nova sede do CAPS II contou com a presença de Anis Bassith, primeiro prefeito de Embu das Artes, que tem 51 anos de emancipação político-administrativa, de secretários municipais, de vereadores, de usuários do CAPS II e CAPS AD (Álcool e Drogas) e do Centro de Convivência Conviver e suas famílias, entre outros.
O CAPS de Embu é um serviço extra-hospitalar de assistência a pessoas com problemas de saúde mental, com a proposta de evitar internações psiquiátricas desnecessárias. Atende a demanda da população e pacientes encaminhados por outros setores, como o Sistema Único de Saúde (SUS), Programa Saúde da Família e Unidades Básicas de Saúde (UBS). Os usuários recebem atendimento psiquiátrico, psicoterápico, medicamentoso, familiar e passam por terapia ocupacional. O programa de ressocialização dos pacientes inclui arte e artesanato.
O CAPS funciona de segunda a sexta-feira, das 7 às 18 horas, para receber os pacientes para turnos de acompanhamento médico e atividades em diferentes dias e horários. As famílias interessadas podem agendar triagem para o doente pelo telefone 4704-5932. As pessoas atendidas no CAPS permanecem no local das 7 às 16h30, quando voltam para casa com a família. No CAPS elas se alimentam, tomam medicação, fazem atividades e têm atendimento médico.