Quase um milhão de atendimentos de saúde em Embu

02/08/2010 - 0:00
Quase um milhão de atendimentos de saúde em Embu
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Apenas no segundo trimestre de 2010 foram registrados 957.774 atendimentos de produção ambulatorial, quase 125 mil a mais que o registrado no primeiro trimestre. Esses dados indicam quantidade de atendimentos e serviços prestados pela Saúde. As informações foram apresentadas pela secretária de Saúde, Sandra Magali Fihlie, durante a audiência pública ocorrida na quarta-feira, 28/7, na Câmara Municipal.

Esses números representam um aumento no acesso da população aos serviços de saúde, mas também aponta que cada pessoa realizou mais de um procedimento, o que qualifica o atendimento. Isso também é reflexo, do aumento de exames para complementação de diagnóstico.

Outro dado que chamou a atenção foi das ações complementares de atenção à saúde – são os acompanhamentos pré-natais e casos em que o paciente faz tratamento fora do município – no segundo trimestre foram registrados 932 atendimentos, 344 a mais que no primeiro trimestre e 436 a mais que no último trimestre de 2009. Segundo Sandra Magali Fihlie, isso se deve, principalmente, pela descentralização do Sispré-natal, que é um acompanhamento do programa de humanização no pré-natal, ligado ao Ministério da Saúde, que tem por objetivo desenvolver ações de promoção, prevenção e assistência a saúde tanto das gestantes, quanto dos recém-nascidos.A descentralização resultou em uma melhor coleta e empoderamento dos dados pela gerência de cada unidade gerando um aumento na adesão e na conclusão dos acompanhamentos pré-natais.

Aumentaram ainda o número de procedimentos clínicos, que saltou de 483.056 atendimentos no primeiro trimestre, para 535.666, registrado no segundo trimestre. Um dos maiores responsáveis pelo aumento foram as consultas em atenção básica que cresceram 27%, se comparado com o trimestre anterior. O número de procedimentos diagnósticos também apresentou crescimento. Foram realizados 174.006, no primeiro trimestre, quase 23 mil a mais que o primeiro. 

Mais importante do que tratar de doenças é buscar promover a saúde. As ações de promoção de saúde vêm crescendo desde 2009 e no segundo trimestre atenderam 228.592, cerca de 30% a mais que no primeiro. Quase a totalidade das unidades de saúde desenvolvem ações para realização de atividades físicas e esse índice tem se mantido constante. Contudo, o número de atividades físicas no segundo trimestre cresceu 59%. O índice é resultado no aumento de cerca de 80% nas atividades educativas e orientação em grupo na atenção básica. 

Isso se reflete nos indicadores de internação por diabetes melitus, por exemplo, que vem se mantendo baixos, e de internações por Acidente Vascular Cerebral, cujos índices são quase 300% menores, se comparados com o mesmo período de 2009. 

Já o número de exames para o controle e prevenção do câncer de colo de útero e de mama apresentou queda no segundo trimestre. “Isso pode ser reflexo da ausência de campanha nesse período”, avalia a secretária de Saúde. Ela ainda ressalta que diante dessa constatação serão feitas outras campanhas para realização dos exames. Foram realizados 4.656 exames no primeiro trimestre e 4.385, no segundo.

Gastos

Os gastos previstos para 2010 somam R$ 57.267.245, sendo que do primeiro para o segundo trimestre foram suplementados R$ 1.092.573, isso significa que a previsão de custos aumentou. Até o momento, já foram empenhados R$ 31.159.276 do valor total, ou seja, são gastos já feitos. Desse valor, foram pagos R$ 27.091.537. Parte desse acréscimo se deve à compra de medicamentos que não foram enviados pelo programa Dose Certa, do Governo Estadual.

Esses valores entram nos gastos do Programa Dose com Carinho, que é uma iniciativa da Prefeitura que tem por objetivo prestar assistência farmacêutica, em parceria com os governos Estadual e Federal. A variação entre o primeiro e o segundo trimestre é de 73,13%, sendo gastos no primeiro R$ 215.660 e no segundo, R$ 373.372.

O maior programa da secretaria é o Vida Saudável, responsável por garantir a integralidade das ações de saúde, incluindo acesso e qualidade na assistência a população. Ele está desenvolvido em duas grandes áreas: a atenção básica e alta e média complexidade. Apenas nos dois primeiros trimestres foram empenhados R$ 12.646.161 e pagos R$ 8.946.962.

Dos recursos aplicados até  agora, R$ 7.408.083 são provenientes do Tesouro Municipal; R$ 4.130.574, de transferências Federais e R$ 48.889, de transferências estaduais.

“Procuramos gastar, de forma responsável, os recursos destinados à saúde. Com isso, conseguimos alguns avanços, mas ainda temos muito a avançar”, conclui Sandra Magali Fihlie.

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