O artista grego, que deixa na Catedral Ortodoxa de São Paulo a arte do arabesco que trouxe para o Brasil e pinturas singulares, vivia em Embu das Artes desde 1968
A cidade de Embu das Artes se despede de um dos seus importantes artistas, o pintor Panayotis Emmanuel Kontokanis, 69 anos. Ele morreu no dia 14/2, às 22h30, no Hospital São Camilo, em São Paulo, SP, onde por longos meses esteve na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Vítima de uma parada cardíaca há dois anos, precedida de um Acidente Vascular Cerebral (AVC), Panayotis teve falência dos órgãos. Ele sempre será lembrado por suas telas com imagens de aves, símbolos, vultos, paisagens fantásticas e que integraram a exposição realizada no centro Cultural Mestre Assis do Embu em 2010.
O artista trouxe para o Brasil a técnica do afresco – presente nas pinturas do interior de catedrais na Europa e no Brasil, incluindo a Catedral Ortodoxa de São Paulo –, que aprendeu em sua cidade, Atenas, na Grécia, com o mestre da arte bizantina George Gergakopoulos. Porém no Brasil, onde chegou em 1968, residindo em Embu das Artes, depois de sair do seu país e passar pela Suíça e pela França, o artista, várias vezes premiado, ficou conhecido por sua pintura. Panayotis participou dos primeiros Salões de Arte de Embu e, além das artes plásticas, também traduziu Édipo Rei, de Sófocles, do grego antigo para o português.
Panayotis deixa a mulher, Janete, a filha, Alexandra, as netas Maiara e Helena, e o genro Caçapava, percussionista de Embu. Eram sua família no Brasil. O corpo será enterrado no dia 15/2, às 17h, no Cemitério do Rosário, no centro da cidade.