Plebiscito “Embu das Artes” foi “momento histórico”, avalia Prefeito

05/05/2011 - 0:00
Plebiscito “Embu das Artes” foi “momento histórico”, avalia Prefeito
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Na entrevista coletiva em que reuniu a imprensa local e regional em seu gabinete nesta terça-feira (3/5), o prefeito de Embu das Artes, Prefeito, avaliou a eleição que alterou o nome do município como histórica. “Considero um momento histórico nós conseguirmos oficializar o nome pelo qual a cidade é conhecida”, declarou.

O quórum mínimo de 50% mais um eleitor foi superado com folga, chegando a 66,46% dos votos válidos. Na visão de Prefeito, essa presença maciça nas urnas revelou o interesse da população pelo assunto. Os números finais divulgados pelo TRE-SP totalizaram 74.450 eleitores que votaram “sim” à alteração do nome da cidade de Embu para Embu das Artes. Em nota, o Tribunal informou que do total de 171.305 eleitores aptos a votar, 117.409 foram às urnas (ou 68,54% do eleitorado). Os votos brancos e nulos somaram 4,58%. A Justiça Eleitoral da cidade divulgou o resultado às 20h30 do domingo, menos de quatro horas após o encerramento do pleito.

Para Prefeito, o plebiscito revelou três aspectos importantes para o município e sua população. “Primeiro, ser um instrumento de democracia, segundo, acabar com a confusão entre Embu e Embu-Guaçu e, terceiro, criar uma identidade, que passa pelo local onde a pessoa mora e o sentimento de pertencer a esta cidade”.

Outro fato importante destacado pelo prefeito foi a vitória do “sim” na quase totalidade das 494 sessões eleitorais da cidade. Segundo ele, a opção pelo 55 (sim)  nas urnas eletrônicas perdeu para o 77 (não) em apenas cinco sessões, todas na zona central. Esse dado revela “a participação significativa e interessante da população nos bairros mais periféricos da cidade. Isso significa que votar em Embu das Artes significa ter o sentimento de querer pertencer à mesma cidade”, observou.

A consulta popular que aprovou a denominação oficial de Embu das Artes serviu também para suplantar a ideia de divisão do município, em que a face leste, a partir da BR 116, não seria “das Artes” como é o Centro. “Trabalhamos desde 2001 para inverter essa lógica perversa que privilegiava bairro ‘A’, bairro ‘B’. Implantamos o Orçamento Participativo, começamos chamando a população para participar”, explicou o prefeito.

Coordenador da Frente do Sim, Prefeito lamentou que opositores não tenham constituído a Frente do Não, como regulamentou o TRE-SP. “No entanto, fizeram faixas, panfletos pedindo votos para o ‘não’, cometendo crime eleitoral”, disse. Para ele, faltou coragem a essas pessoas, que preferiram espalhar boatos, dizendo que a possível mudança do nome da cidade traria custos para o morador, obrigando a mudança de placas dos carros, documentos e notas fiscais, o que não é verdade.

Democracia aperfeiçoada

 A Constituição de 1988 garante a realização de plebiscito, referendo e lei de iniciativa popular como mecanismos de consulta direta à população sobre temas de interesse público.

O prefeito lembrou que, desde então, o Brasil só realizou dois plebiscitos e duas leis por iniciativa da sociedade, demonstrando o quanto o exercício pleno da democracia ainda é inicial no país. “Quero falar do nosso contentamento em termos utilizado esse instrumento de consulta popular, que demonstra o aperfeiçoamento da democracia no nosso país”, concluiu.

Áudio da coletiva:

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