Embu das Artes tem propostas arrojadas para o seu futuro
cultural e artístico, discutidas na III Conferência Municipal de Cultura,
realizada em 10/8, e que serão levadas às conferências estadual e nacional. Na
abertura, o prefeito de Embu das Artes, Prefeito, fez um relato das ações
adotadas visando o desenvolvimento cultural da cidade. Citou exemplos como a abertura
dos centros culturais Mestre Assis, Solano Trindade, Valdelice e Santo Eduardo
e de mais um que está sendo construído no Parque da Várzea, no campus da
Universidade Federal (Unifesp).
O prefeito informou que há uma semana a Companhia de Tecnologia de Saneamento
Ambiental (Cetesb) forneceu o licenciamento
ambiental para continuidade das obras no parque, depois de exigências absurdas
e de já ter liberado a área para construção do Rodoanel. “Não vi ambientalistas
se movimentando contra o Rodoanel como contra Embu das Artes. Espero que vivam
muito para ver o resultado da instalação do campus da Unifesp, que tornará a Unifesp
Embu das Artes uma referência nacional em artes. Não é pouca coisa ter uma
universidade federal na região com vários cursos de excelência em artes”,
declarou.
Regimento
e diretrizes
Após a abertura oficial, o secretário de Cultura, Alan
Ricardo Martins Leão, fez uma apresentação do que vem sendo realizado no setor
cultural da cidade pelo governo e coordenou os trabalhos da Conferência, auxiliado
por seus assessores Dilson Batista da
Cruz e Ednaldo Dutra Santos. Feita a leitura e aprovação do Regimento, o
diretor regional São Paulo da Fundação Nacional de Artes (Funarte), Tadeu de
Souza, e o representante do Ministério da Cultura, Henry Durante, falaram do
Sistema Nacional de Cultura e responderam a perguntas dos participantes sobre
Lei Rouanet, apoios à arte circense e ao artesão, entre outras.
Tadeu de Souza declarou que o Brasil começou a discutir
cultura de 12 anos para cá, com o governo Lula. Até então sempre foi tratada de
forma “pontual e preconceituosa”, jogando
para escanteio, por exemplo, a congada, o reisado, a catira e outras
manifestações de negros, mestiços, índios, que sempre foram tratadas como
folclore. “Ainda hoje, a cultura que é legal é a ópera, a arte visual”, diz.
“Quando o
secretário Alan diz que é novo, não é só em Embu das Artes, mas no País”,
acrescentou, ao falar da mudança de enfoque do Ministério e da Funarte quanto a
condução da cultura no País. Henry Durante esclarece: “O Ministério propõe
mudança radical no entendimento do que seja a cultura no País. Não deve ser
compreendida como um mero evento, mas traduzir a diversidade cultural do
município. Como em Embu, com seus artistas, seus núcleos e pontos de cultura,
grupos de teatro e música”. Essa é cultura que importa. Ver o município com a
sua cultura é a mudança que o ministério, segundo ele, pretende introduzir na
gestão pública.
Cultura
e turismo
“Temos movimentos e
arte de todos os segmentos. Embu está acima
da média diante de outros municípios, quanto à arte e à cultura. Temos na
cidade artistas plásticos, arte cênica, gente que milita na área de cultura
urbana, cinema, literatura, artesanato, grupos culturais remanescentes de
outras regiões do Brasil e de outros países”, disse o secretário de Turismo, Valdir Barbosa.
A mudança do nome da cidade para Embu das Artes, por
plebiscito em 2011, e a existência da Feira de Embu das Artes, com mais de 500
expositores e que atrai para a cidade nos fins de semana 30 mil turistas, são
fortes indicadores para a sinergia entre a sua pasta e a de Cultura. Ele também sabe que para uma Estância
Turística é preciso consolidar ainda mais as tendências da cidade. “A gente tem
uma responsabilidade muito grande com essa diversidade da cidade.”
A Secretaria de Cultura de Embu das Artes, criada em 2009,
surgiu do Departamento de Cultura, com verba de R$ 70 mil/ano. Em 2001, com o
governo petista, essa verba foi para R$ 275 mil, chegando a R$ 2.450.000 em
2013, registrando aumento de 804%.
Participaram da conferência o vice-prefeito Natinha, a
secretária de Comunicação, Cristina Santos, a vereadora Drª Bete e o vereador
Doda, presidente da Câmara, que declarou: “É de extrema importância para nós,
do poder público, avaliarmos, junto com
a sociedade civil, aquilo que está sendo
implantado e que vale como política pública na nossa cidade”.
Links:
• Principais propostas
• Delegados eleitos