Professores da rede municipal criam projeto para incentivar a alfabetização

29/10/2013 - 0:00
Professores da rede municipal criam projeto para incentivar a alfabetização
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O Pacto Nacional pela
Alfabetização na Idade Certa é um compromisso formal assinado pelos governos
federal, estaduais e municipais e garante que: todas as crianças devem estar
alfabetizadas até os oito anos de idade. Mas seria possível cumprir esse
objetivo trabalhando isoladamente? Foi pensando nisso que três professoras da
rede municipal de ensino de Embu das Artes resolveram unir forças com a comunidade
para incrementar o processo de alfabetização.

Desde julho deste ano, as
professoras Alcione Mercante, Lili Alves e Vânia Becker, da Escola Municipal
Professor Mauro Ferreira, vem desenvolvendo um projeto pioneiro na região, que
visa atrair e orientar as famílias e os alunos sobre diferentes aspectos que
podem contribuir para atingir a meta de alfabetização.

O projeto “Famílias que Ensinam”
é multisetorial e, a cada encontro, traz até a escola profissionais de
diferentes áreas para orientar os participantes. Já passaram pelo projeto
psicólogos, conselheiros tutelares e, agora, foi a vez da saúde dar a sua
contribuição.

Segundo a professora Alcione
Mercante, os encontros marcados sempre aos sábados, tem uma média de 30
famílias por edição, mas a meta é aumentar a quantidade de participantes.

“A primeira etapa do projeto
foi o diagnóstico da comunidade. Depois, no fim do primeiro semestre, fomos às
ruas com questionários para nos aproximar de cerca de 70 famílias. Os encontros
contam com uma média de 30 famílias, ainda é pouco, queremos melhorar isso, mas
é um trabalho de formiguinha”.

A
saúde no processo de aprendizagem

O terceiro encontro do
projeto “Famílias que Ensinam” ocorreu sábado, 26/10, na E. M. Prof. Mauro
Ferreira e contou com a participação da educadora física, Sandra Gonçalves, da
enfermeira Eliane de Almeida, da UBS Ressaca, da assistente de enfermagem,
Lindiane Nascimento e também do secretário de Educação, Paulo Vicente do Reis.

As famílias foram recebidas
com um caloroso café-da-manhã de boas-vindas e também realizaram a aferição da
pressão arterial. Após o momento de confraternização, os adultos foram
encaminhadas para a sala onde ocorreu o trabalho de consciência corporal e a
palestra sobre os cuidados com a saúde. Enquanto as crianças, direcionadas para outro
ambiente, puderam ouvir uma leitura sobre boa alimentação e realizar atividades
de pintura, coordenadas pela professora Lili Alves.

Suely Brito Stefano, mãe dos
alunos Rubens Gabriel, 7 anos, e Samuel Laurindo, 9, foi pela primeira vez ao
encontro e comenta: “A iniciativa é muito boa, esse é o primeiro encontro que
eu consigo acompanhar, mas se pudesse eu viria sempre. Eu venho para
incentivá-los”.

O secretario de Educação,
Paulo Vicente, também participou das atividades e parabenizou a todos: “É
preciso agradecer porque o governo precisa pensar em conjunto. É ótimo ver um
projeto como esse, realizado em parceria com outras secretarias. É preciso
lembrar que famílias que ensinam, ensinam mesmo! Todos nós saímos daqui com um
pouco mais de aprendizado”.

Após as atividades, alunos e
familiares a se reuniram no refeitório da escola para a elaboração de uma
saborosa salada de frutas. O próximo encontro do “Famílias que Ensinam” está
previsto para dezembro, dessa vez, pais e alunos serão convidados a participar
de um piquenique no Parque Francisco Rizzo.

Pacto
Nacional pela Alfabetização

O secretário de Educação,
Paulo Vicente dos Reis, também aproveitou o encontro para conversar um pouco
mais com as professoras que participavam da formação do Pacto Nacional pela
Alfabetização na Idade Certa.

O grupo de educadoras,
transferido momentaneamente para a E. M. Mauro Ferreira por conta da aplicação
do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), participa, quinzenalmente, de
formações na E. M. Valdelice Prass.

Paulo Vicente afirmou que outras
formações estão previstas e que a educação só é feita por meio da construção
coletiva: “Os encontros de formação do Pacto são apenas a primeira etapa. Vamos
fazer outras formações. Vamos investir desde que isso não transgrida a
legalidade. A educação é uma construção coletiva e eu não vou abrir mão disso.
Acredito que até o final do mandato do prefeito Prefeito, nós vamos
continuar trabalhando assim”.

As educadoras elogiaram a
postura do Governo e pediram para que as novas formações sigam o esquema atual
com atividades prazerosas e estimulantes.

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