Daniel Ryo Shinozaki (8/5/1965–6/11/2010) já recebeu duas homenagens, na
Capital e em Mauá, SP. Agora a exposição Olhares Extremos é apresentada em Embu
das Artes. Os trabalhos mostram um artista interessado na figura humana, em
retratos, cenas cotidianas, isoladas ou na multidão.
Como gravurista, Daniel foi aluno de Evandro Jardim e frequentou o Museu
Lasar Segall. Tudo com o propósito de aprimorar o seu trabalho. Na mostra estão
17 gravuras e suas matrizes. Como pintor, o artista produziu 20 telas a óleo,
que indicam a presença de linhas expressionistas. Admirador de Iberê Camargo,
Daniel desenvolveu estudos acerca do pintor e há quem acredite que a forma como
trabalhou com as cores na composição de suas telas pode ser uma influência
desse artista.
Na fotografia, Daniel acentua a sua disposição em captar a figura humana.
Foi um “fotógrafo de rua”, com qualidade
técnica diferenciada na cena, na composição, na luz e no enquadramento. Atuou
no fotojornalismo, realizando trabalhos como o Projeto Foices, captando imagens
de agricultores da zona rural do sul do país. Com elas, ganhou o Prêmio
Estímulo (1994), da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo. Fez ainda amplo
estudo fotográfico da cultura japonesa, com imagens de comunidades tradicionais
do interior de São Paulo e do Japão.
Com o desejo de aprofundar os estudos, e associar a prática fotográfica
à reflexão no campo da imagem, realizou o Mestrado em Multimeios pelo Instituto
de Artes da Unicamp. Até a sua morte, aos 45 anos, vinha se dedicando às telas
a óleo. Natural de Presidente Prudente, SP, Daniel Ryo Shinozaki estudou e
dedicou-se ao desenho, à gravura, pintura e fotografia. Fez Engenharia Civil, na Politécnica/USP, e
ajudou a organizar a 2ª. Semana de Arte da Poli, na qual também apresentou seus
primeiros trabalhos.
A exposição vai até o dia 17 de novembro, no Centro Cultural Mestre
Assis do Embu (Largo 21 de Abril, 29), das 9 às 18h, com entrada gratuita.
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