A cidade perde Rivelini

18/11/2013 - 0:00
A cidade perde Rivelini
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O
corpo sai da Capela São Lázaro para o Cemitério do Rosário, às 11h desta terça.

A Palhoça, no Centro Histórico de Embu das Artes, não tem
mais Rivelini (31/5/1948-18/11/2013). “É difícil falar da perda de um amigo, com
quem se conviveu no dia a dia em todos esses anos”, declarou Mário da Palhoça,
que dividia espaço com  o escultor, que
morreu às 8h50 de hoje, 18/11, vítima de câncer. O corpo será velado na Capela
de São Lázaro no Centro Histórico, a partir das 17 horas.

O artista plástico, “irreverente, sincero, honesto com
amigos e clientes”, segundo Mário, era capaz de perdoar e pedir perdão. Conta
que chegou a brigar com Rivelini, mas no dia seguinte ficaram amigos de novo,
depois de um abraço e choro. “Sempre foi um artista contestador. Tinha hábitos
intempestivos, mas também grande humildade. Sabia perdoar. Foi um dos amigos
mais sinceros que tive”, diz Mário.

Rivelini trabalhava com pedra sabão, madeira e mármore e
como escultor permaneceu na Feira de Embu das Artes desde 1996. “É autor de uma
arte insólita,  que agora voltou à moda
na Europa. Ele participou de vários salões de Arte na cidade e não faltava na
Feira, era um trabalhador”, conta a terracotista Tônia do Embu, coordenadora do
Memorial Sakai. Assim como Mário, ela também conheceu a intempestividade do
falecido. 
“Brigamos, mas sempre fomos amigos.”

O som da percussão de Rivelini, cheio de vigor pelo seu
próprio temperamento, também não será esquecido por amigos como Tônia e tantos
outros que fez na cidade durante os 37 anos que viveu em solo embuense. Ele
deixa dois filhos do primeiro casamento. Com a segunda mulher, Maria Heloisa Lopes Rivelini, viveu 28 anos.

Para Tônia, os grandes artistas deveriam ter uma
escultura para que jamais fossem esquecidos. 
E o paulista, do bairro do Tatuapé, na Capital, com “uma arte que se
baseava no dia-a-dia no Brasil”, seria um deles.

Enterro

O corpo de Rivelini está sendo velado na Capela
São Lázaro, no Centro Histórico, onde os amigos montaram uma pequena exposição
com as obras do artista. Às 11h, de terça-feira, 19/11, o corpo será levado da
capela para o Cemitério do Rosário, na avenida Elias Yazbek, 1713, Centro de
Embu das Artes.

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