Adoção tardia: um novo desafio

27/09/2017 - 11:05
Adoção tardia: um novo desafio
Acessibilidade

A Secretaria de Desenvolvimento Social através da Diretoria de Proteção Especial, mantém convênio com convênio com 02 abrigos que acolhem crianças e adolescentes afastados judicialmente de suas famílias por terem sofrido violências graves, tais como: violência física, negligência, maus tratos, violência sexual e abandono.

Muitas aguardam um lar e uma família que irá recebe-las, porém, esta espera pode ser muito longa.

Você sabia que quanto mais idade a criança tem menos chance de adoção??? E irá esperar por anos até encontrar o seu lar. Alguns adolescentes estão fadados a nunca ter uma família.

Adoção tardia é um termo usado para designar a adoção destas crianças maiores de 03 anos ou adolescentes. A criança que não é mais um bebê, que tem certa independência do adulto para satisfação de suas necessidades básicas passa ter menos chances de adoção.

Perfil de adoção: Sobre adoção apenas de crianças brancas, recém-nascida e menina, esta realidade está aos poucos mudando e algumas famílias estão adotando crianças acima de 06 anos e até adolescentes 

A prova disto vem na história da adolescente J.S.M de 13 anos, abrigada no Lar Batista de Embu das Artes, que iniciou o processo de convivência com a família que pretende adotá-la.

Ela não está indo sozinha, seu irmão J.P.D de 09 anos também será adotado pela mesma família.

Este ato irá mudar a história destes dois irmãos que poderão ter uma família que irá proporcionar afeto, cuidados e referência para a vida.

Houve uma mudança de paradigma na ideia de família. Não há mais o casal ideal nem a criança ideal. Isto tem refletido gradativamente nas relações de adoção e aos poucos as crianças com mais idade e adolescentes estão entrando na expectativa de adoção.

Além disso, há quem simplesmente não consiga mais enxergar um bebê em sua rotina pessoal e de trabalho – todas as trocas de fraldas, mamadeiras e noites mal dormidas. Assim, uma criança que já tenha passado por essa fase que exige muitos cuidados parece mais apropriada para famílias que disponham de menos tempo ou que já tenham realizado o sonho de ter um recém-nascido em casa.

Crianças com mais idade ou adolescentes podem ter uma noção mais completa de si, terem memórias da sua história pregressa e desejarem estar com uma nova família.

Talvez, não se lancem aos braços do pretendente a adotá-la enchendo-os de carinho e cheios de gratidão, esta será uma conquista gradativa.

Será uma aprendizagem nova para ambas partes: adotantes e adotados.

Compreender que a adoção tardia tem, sim, seus desafios particulares, que é um processo longo e delicado de estabelecimento de confiança e que muitos aspectos dela não são fáceis.

Mas também é importante perceber que dela pode sair uma relação de amor tão profunda quanto em qualquer outra circunstância.

Adotar uma criança é um salto enorme no escuro assim como em outras escolhas que fazemos ao longo da vida – mas o resultado pode ser fantástico! 

Sobre adoção: Porque a conta ainda não fecha?

Segundo recente pesquisa divulgada pelo Cadastro Nacional da Adoção do Conselho Nacional de Justiça, dos 28 mil interessados no Brasil em adotar, 58% pretendem crianças com até 03 anos. Ao mesmo tempo, nos serviços de acolhimento, mais de 75% das mais 5 mil crianças e adolescentes aptas para adoção têm entre 10 e 17 anos.

Diante disto, é dever de toda a sociedade se empenhar para ampliarmos a informação sobre a adoção tardia e assim propiciarmos a todas as crianças e adolescentes a chance de uma família.

Para inscrição no cadastro de adoção e outras informações sobre a adoção procurar a Vara da Infância e Juventude do seu município.

Fórum da Comarca de Embu das Artes: Rua Ver. Jorge de Souza, 855 – Jardim Arabutan, Embu das Artes – SP

Telefone: 4704-5896 – Setor Técnico

----
Compartilhe nas redes sociais