De porta em porta orientando a população e buscando possíveis focos e criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya. Essa é rotina dos agentes de controle de zoonoses, faça chuva ou faça sol. “Somente um trabalho diário e contínuo vai garantir o controle da doença”, afirma Weluma Souza, coordenadora do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de Embu das Artes.
Na terça-feira, 29/1, as ruas do Jardim Santo Eduardo, um dos mais populosos da cidade, começaram a ser percorridas. Maria Bernadete, moradora do número 88 da rua Uberlândia, foi bastante receptiva com a equipe: “É maravilhoso esse trabalho de conscientização. Não podemos deixar que nasça o bichinho feio – se referindo ao mosquito -, tomo sempre cuidado com as minhas plantas e com tudo” – declarou.
Assim como Maria Bernadete, é importante que a população se conscientize, confie nos profissionais e deixem que os agentes façam a visita de inspeção. Uma casa infectada pode comprometer a vizinhança toda. Cerca de 80% dos criadouros estão dentro de casa ou no trabalho.
Muita gente não sabe, mas existe um reservatório atrás da geladeira que também pode acumular água. Por isso, é importante ficar de olho. Toda água parada é um possível foco para que o mosquito se reproduza. É fundamental manter a caixa d’água e a lixeira tampadas, não acumular lixo, entulho, garrafas pet, pratinhos de planta, latas etc.
Durante o verão, o mosquito se reproduz mais rapidamente e não é fácil perceber a sua picada, pois não dói, nem coça. Os sintomas da dengue, chikungunya e zika são muitos parecidos. A dengue causa dor atrás dos olhos e pode levar a um quadro hemorrágico. A chickungunya costuma apresentar dor muito intensa em músculos e articulações, e a zika, febre baixa e, em sua forma grave, gravidez com microcefalia. Denúncias sobre possíveis focos do mosquito devem ser encaminhadas para o 0800 7730 005, de segunda a sexta-feira, das 8 às 17h. A ligação é gratuita e sigilosa.