Hoje, 18 de julho, Embu das Artes comemora mais um aniversário da Aldeia M’Boy, o lugarejo que deu origem à cidade, com 63 anos e emancipação político – administrativa.
M´Boy e sua História
Em 1554 um grupo de jesuítas funda o aldeamento de Bohi, depois M’Boy, fundando uma capela marca o centro do aldeamento. Ao seu redor florescem pequenos sítios e fazendas com plantações. Em 1607 as terras da aldeia passam para as mãos de Fernão Dias (tio do bandeirante Fernão Dias) e de sua mulher Catarina Camacho.
O casal doou suas terras aos padres da Companhia de Jesus, em 1624. Em 1690, o padre jesuíta Belchior de Pontes transfere o núcleo da aldeia de seu local original e inicia a construção da atual Igreja do Rosário, levando para ela a padroeira, os altares e os santos da primitiva capela, onde permanecem até hoje.
Entre 1730 e 1734, os jesuítas constroem a sua residência anexa à igreja, formando um conjunto arquitetônico contínuo de linhas retas e sóbrias. Em 1760, por ordem da Coroa Portuguesa, os jesuítas são expulsos do Brasil.
Suas terras, no entanto, eram impróprias para a cafeicultura, principal atividade econômica da época. Assim, Embu entrou em um período de retração que durou até meados do século XX, quando a capela e convento foram tombados pelo Estado que iniciou as restaurações. A partir daí, a comunidade local, liderada por Annis Neme Bassith, iniciou o processo emancipatório, criando a cidade de Embu em 1959.
A pequena aldeia que deu origem à cidade recebeu, na década de 60, artistas, artesãos e os inspiraria a produzir o seu trabalho, a exemplo da artista mexicana Josefina de Almeida Carvalho (Azteca), que chegou à Vila M’Boy em 1937 e que, através de sua arte, deu sua versão do local.