O Departamento de Alimentação Escolar (DAE), da Secretaria de Educação realizou nos dias 14 e 15 de junho, na creche NEI Jardim da Luz ação de educação alimentar e nutricional (EAN) com crianças das fases II e III com o objetivo de incentivá-las ao consumo de leite, frutas, legumes e verduras.
Para esta ação, colaboraram as estagiárias Jessica Cabral e Laura Daneluz, estudantes do curso de nutrição da Universidade Adventista de São Paulo (Unasp) na confecção de material e criação das histórias utilizadas na ação. A presidente do Conselho de Alimentação Escolar (CAE), Kelly Bastos esteve presente prestigiando a ação.
No primeiro dia, as crianças ouviram a história da vaquinha Mu, que explicava de onde vem o leite que consumimos. Com muita animação houve bastante interação dos estudantes, principalmente no momento da ordenha na vaquinha Mu. Em seguida ocorreu a degustação de leite para incentivá-los.
No segundo dia, o objetivo foi incentivar o consumo de frutas, legumes e verduras através de uma horta confeccionada em feltro e a apresentação de alimentos in natura para estimular o olfato, tato e paladar das crianças. Após a apresentação dos alimentos, os alunos cantaram, realizaram a colheita da hortinha e, por fim, degustaram os alimentos.
Dados preocupantes
A ação na creche tem consequências positivas na alimentação infantil quando observados os dados de pesquisa* inédita realizada em 2021 pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) que mostra que 80% das crianças brasileiras de até 5 anos costumam consumir alimentos ultraprocessados, como biscoitos, farinha e refrigerantes.
Segundo a pesquisa, o consumo dos alimentos ultraprocessados também faz parte da rotina de bebês menores de 2 anos, grupo que menos ingere frutas e hortaliças no Brasil, alimentos que deveriam compor a base da alimentação infantil.
A ingestão de alimentação rica em gorduras e açúcares desde a infância está intimamente ligada à obesidade infantil, surgimento de hipertensão arterial, diabetes e aumento do risco cardiovascular precoce, além de outras complicações. Vários países e alguns estados no Brasil estão se empenhando para reduzir a alimentação inadequada, o que é muito válido. A obesidade infantil duplicou nos últimos 10 anos no Brasil.
*Com informações da Universidade Federal do Rio de Janeiro
