ANIMAEMBU reúne apaixonados por quadrinhos japoneses

14/06/2010 - 0:00
ANIMAEMBU reúne apaixonados por quadrinhos japoneses
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Últimos dias: 19 e 20/6

Você ainda tem os dias 19 e 20 de junho para um encontro com a cultura japonesa em Embu das Artes. O 2º. Festival de Cultura Japonesa, iniciado no dia 12 de junho, prossegue com o AnimaEmbu Nippon Matsuri  – Nezasu (enraizar) e kawaii (bonitinha), com várias atividades, incluindo espetáculos de teatro, música e dança, exposição e venda de plantas e produtos típicos, oficinas de bonsai, origami, shodô, card game e pintura, cerimônia do chá, exposição de fotos dos primeiros imigrantes japoneses que chegaram à cidade e um telão para o jogo da Copa do Mundo no dia 20/6. O evento é uma boa oportunidade para ver aficionados pelos desenhos japoneses que se vestem como personagens, as bandas musicais de visuais inconfundíveis e toda a literatura animê em livros e cds. O Parque Francisco Rizzo, com equipamentos de lazer e área para caminhada, além de lago com carpas, fica na rua Alberto Giosa, 320, Centro. A entrada é gratuita.  

Na abertura do festival, prefeito fala dos avanços culturais da cidade

O Festival realizado pelo Governo de Embu das Artes marca a semana de imigração japonesa. No dia 11/6 foi aberta a 2ª. Exposição Nikkei Arte e Craft, que vai até o dia 27/6, no Centro Cultural Mestre Assis do Embu, no Centro Histórico, que contou com a participação de autoridades da comunidade nipônica, de artistas, de empresários, do presidente da Associação Embu-Hino, Sadao Nagata, do secretário municipal de Cultura, Paulo Oliveira, e do prefeito de Embu, Prefeito, para o qual o evento colabora para o rompimento do preconceitos com relação a outras culturas. “O Brasil é um país de diversidade cultural muito grande. Mas há preconceito que cega as pessoas em relação às belezas das diversas culturas. É assim com a cultura japonesa, afrodescendente, indígena. Embu tem colaborado para o rompimento desses diversos preconceitos”, disse o prefeito.

Prefeito destacou as diversas iniciativas do seu governo para implantação e desenvolvimento das atividades culturais no município: “Temos este centro cultural, o Valdelice Prass e o Solano Trindade, e vamos inaugurar outro no Santo Eduardo, com 12 salas para oficinas, um anfiteatro para 350 pessoas com palco móvel. Estamos desenvolvendo uma política pública de cultura para educação e formação de novos artistas. Estamos trazendo oito pontos de cultura para a cidade e criamos o Conselho Municipal de Cultura. O resultado disso é o 27º. Salão de Arte que retomamos com um significado muito grande para a cidade e que vamos trabalhar para que seja reconhecido como um salão nacional de arte”. 

A conquista da universidade federal também foi lembrada, assim como o encontro na manhã do mesmo dia com o ministro do Turismo, Luiz Barretto, para a liberação da verba de R$ 8 milhões, a ser investida na construção do Parque da Várzea Embu-Mirim, com área de 1,6 milhão de m², no qual será instalado o campus da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Já neste segundo semestre começam a funcionar os cursos de nível superior da Unifesp em Embu, em escolas municipais. “Com a universidade, queremos que o Embu se torne referência com cursos de formação em turismo e arte”, disse o prefeito.

A abertura do Festival de Cultura Japonesa e Exposição Nikkei Arte e Craft contou com uma apresentação do grupo de kotô (instrumento originário da China, tradicional do Japão, semelhante a uma grande harpa horizontal, com um som bem diferente do dos instrumentos conhecidos no Ocidente), formado por Yuko Ogura, Reiko Nagase, Hisako Fukada e Nobue Suguio, parte do grupo de 20 integrantes, da Associação do Miagui do Brasil, com sede em São Paulo.

Exposição de Orquídeas

Exposições e outras atrações no Parque Rizzo

No dia 12/6, no Parque do Lago Francisco Rizzo, foi aberta a Exposição de Orquídeas, Bromélias e Bonsais do 2º. Festival de Cultura Japonesa. O bonsai de reseda, de 42 anos, o buxinho, de 60 anos, e o pinheiro negro, de 26 anos de vida, classificados em primeiro, segundo e terceiro lugares, respectivamente, são as estrelas dessa mostra. Já, entre as bromélias, a Vriesea, variedade porterana, a primeira colocada, se destaca ao lado de outras também fascinantes pela cor e porte exuberante. Entre as orquídeas da exposição feita com a colaboração da Associação Orquidófila de São Paulo, Círculo Paulista de Orquidófilos e Sociedade Bandeirantes de Orquidófilos, foram indicadas por especialistas as mais belas em suas categorias. 

As orquídeas pertencem a uma família de 33 mil espécies no mundo, das quais 4 mil são cultivadas no Brasil e Equador. Na Colômbia são 6 mil espécies e os três países integram os da América Central e do Sul que detêm 60% da produção de orquídeas no mundo. Essa planta que parece exercer poder sobre o homem atraindo o olhar para ela não gosta de sol, odeia o vento e hoje é produzida em laboratório, o que não impede o crescimento do número de colecionadores. Só em São Paulo existem cinco associações e sociedades de orquidófilos e toda cidade no País tem pelo menos uma entidade orquidófila, garantem alguns dos colecionadores que visitaram a exposição. 

Orquídeas preferidas

Entre as selecionadas para a Exposição de Orquídeas venceu a One Twinkle Froy Fantasy, do orquidófilo Márcio Murimoto, carregada de flores. 

Magrela e tenda de bambu: novidades

Algumas das grandes novidades do Festival de Cultura Japonesa são a bicicleta, do agrônomo Masanobu Shimada, e o  Dômus Estelar do projetista aposentado e bambuseiro Moisés Medeiros Pinto. O professor Shimada garante que a sua bicicleta é de fonte renovável, faz economia de 30% com relação ao aço comumente usado na fabricação desse equipamento, pode ser fabricada por um marceneiro em um único dia e é 13% mais leve que a bicicleta industrializada. Ele já mandou o seu projeto para o Japão, onde o maior problema é o destino da sucata. O seu equipamento pode ser fabricado com qualquer tipo de bambu e não polui.

O aprendiz de Shimada, Moisés, descreve com precisão o equipamento usado na sua tenda, uma espécie de “iglu tropical”, feito de bambu e que serve para estufa agrícola, barraca para venda de plantas e muitas outras funções. Em 20 dias podem ser feitos 10 dômus, por cinco pessoas trabalhando para preparar e estender as varas de bambus, presas por pregos também de bambu. 

Esses equipamentos podem ser visto no Parque do Lago Francisco Rizzo, no qual também há oficina de bambu e exposição e venda de outros equipamentos feitos pelos artesãos que participam do Festival de Cultura Japonesa de Embu das Artes.

Culto ecumênico

Reunidos no Memorial do Jazigo Funerário, a comunidade nipônica de Embu e convidados participaram pela 52ª. vez do Culto Ecumênico em Homenagem aos Antepassados, celebrado pelo padre Ozaki, que falou da disposição que os povos devem ter para a melhor convivência. Ressaltou a contribuição dos japoneses na agricultura, na culinária, na música, no artesanato e declarou que estes devem aumentar a confiança no povo brasileiro, buscando uma convivência mais comunitária, sem o isolamento induzido pelo idioma e os costumes. 

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