A Secretaria de Assistência Social, Trabalho e Qualificação Profissional lançou terça-feira, 1º/12, durante o encerramento do 1° Seminário sobre Acolhimento Institucional e Direito à Convivência Familiar, o projeto de Apadrinhamento Afetivo, previsto na portaria 0001/2015, da Vara da Infância e Juventude.
O objetivo do projeto é resgatar o direito à convivência familiar e comunitária de crianças e adolescentes em abrigos, dando a elas a oportunidade de se relacionar dentro de outro ambiente, com novos exemplos de participação familiar e de cidadania dentro da sociedade.
Diferente da adoção, o apadrinhamento afetivo é um vinculo de amizade, onde o padrinho não será responsável legal pela criança ou adolescente, pois a guarda está sob responsabilidade da instituição de acolhimento, mas será uma referência na vida desse jovem.
Simone Jorge Nunes, diretora de proteção social especial, falou sobre a importância dos vínculos familiares e comunitários que, segundo ela, são base para o desenvolvimento familiar. Simone ainda lembrou que, mesmo nos casos onde a possibilidade de reintegração familiar ou adoção é menor, a constituição desses vínculos ainda é um direito. Ouça:
Segundo Débora Nunes, Assistente Social, integrante da Comissão Interprofissional de Apadrinhamento Afetivo, o apadrinhamento trata-se de afetividade e não de caridade. Sendo o padrinho, a pessoa que visita regularmente a criança ou adolescente, buscando-o para passar finais de semana, feriados ou férias escolares em sua companhia, propicia experiências e referências sociais e afetivas. E, também, deve orientá-lo em sua formação pessoal, escolar e profissional, garantindo assim a convivência familiar e comunitária.
Atualmente, o município conta com 8 crianças e/ou adolescentes que atendem os critérios para apadrinhamento, entre eles: ter 10 ou mais anos, ter inviabilizada a reintegração familiar e não estar em processo de adoção.
Interessados em participar do projeto devem procurar a Vara da Infância e Juventude de Embu das Artes, o Creas ou um dos Serviços de Acolhimento da cidade para realizar a inscrição. Podem se candidatar a padrinhos maiores de 18 anos, residentes em Embu das Artes, independente de classe social, estado civil, profissão, credo, raça ou sexo. Depois de inscritos, os candidatos serão avaliados por uma comissão técnica, antes de receber a habilitação para a inclusão no projeto.
Ouça às expectativas a respeito do projeto:
Juliana Magalhães, promotora de justiça da Vara da Infância e Juventude
Rose Gattinger, coordenadora do Abrigo Toca da Coruja
Maria Shirlei da Silva Carraco, Conselheira Tutelar
1° Seminário sobre Acolhimento Institucional e Direito à Convivência Familiar
O 1° Seminário sobre Acolhimento Institucional e Direito à Convivência Familiar ocorreu nos dias 16 e 24/11 e 1º/12, no Centro Cultural Mestre Assis do Embu, e contou com a participação da palestrante Gabriela Schreiner, consultora independente para assuntos relativos à família, gênero, direitos de crianças e adolescentes e políticas públicas. Ele encerra o ciclo de capacitações para profissionais do Sistema de Garantia de Direitos de Embu das Artes , iniciado em outubro, com o workshop sobre Acolhimento Institucional para Crianças e Adolescentes e o Direito à Convivência Familiar e Comunitária, relembre aqui.
Informações:
Vara da Infância e Juventude de Embu das Artes, através da Equipe Técnica – 4704-0662
Centro de Referência de Assistência Social (CREAS) – 4781-5896
Serviços de Acolhimento Institucional de Embu das Artes
Casa de Acolhida Alegria Esperança – 4241-8731
Centro Educacional à Criança e Adolescente (Ceca) – 4241-9616
Acolhimento Institucional Toca da Coruja – 4203-1241