A VI Conferência Municipal do Idoso de Embu das Artes ocorreu na sexta-feira (29/3) no Parque Francisco Rizzo com a participação de cerca de 300 pessoas, apresentações culturais e a presença de autoridades na solenidade de abertura. Em seguida, o público se dividiu em quatro grupos para seleção das propostas e eleição da delegação que representará a cidade na etapa estadual, em agosto.
O encontro contou com grande adesão de munícipes. É o caso de Maria dos Anjos Alves de Oliveira Batista Martins, mais conhecida como Dora, 67 anos, moradora do Jd. Santa Tereza. É a segunda vez que ela participa da Conferência e revelou que se sente incluída por cooperar nesse evento. “Me sinto gente, fazendo parte da comunidade, não fico isolada e acabo pensando: eu sou mais uma, não estou abandonada”, falou. “Nesse exato momento estou me sentindo valorizada por dar essa entrevista”, brincou Dora.
Sobre o significado da Conferência para a causa da Terceira Idade, Dora apontou que é preciso conscientizar mais as pessoas para dar respeito aos idosos como, por exemplo, nos descasos que eles sofrem no transporte público. Outra percepção manifestada por ela é a de que os jovens não aproveitam a experiência e a sabedoria das pessoas mais velhas. “Porém, depois que se enganam, eles sempre nos dão razão”, observou ela, em tom bem humorado.
O secretário municipal de Desenvolvimento Social, Paulo Silas, salientou a abrangência de representatividade social na plenária com a presença das três esferas de poder (Executivo, Legislativo e Judiciário) no evento, além da Sociedade Civil.”Não se faz política pública sem a colaboração do cidadão e sem irmos a campo para se sensibilizar com as necessidades da população”, declarou ele. “E levaremos a bandeira do idoso para a próxima etapa, na Conferência Estadual”, completou Silas.
À frente do Conselho Municipal dos Direitos do Idoso (CMDI), o presidente do órgão, Luis Junqueira, destacou a função do Conselho de assegurar os direitos do idoso. “Há muitos idosos desprotegidos em condições físicas ou psicológicas precárias sem espaço para pleitear assistência ou direitos, e é para melhorar isso que trabalhamos no CMDI”, apontou ele.
“Democracia não ocorre apenas com o ato de votar nas Eleições”, alertou a promotora de Justiça, Patricia Tiemi Momma de Souza. “Para se fazer política pública, todos, e no caso hoje os idosos, precisam apresentar suas demandas ao Poder Público em canais como este”, concluiu.
Já o assessor técnico do prefeito Ney Santos, Paulo Vicente dos Reis, expôs que, em 2050, o Brasil deverá ter cerca de 65 milhões de idosos e o aumento da expectativa de vida cria desafios a longo prazo para os governos. “Baseando-se nas necessidades de qualidade, longevidade e felicidade, devemos pensar na direção de promover o bem-estar nas áreas, por exemplo, de educação, saúde e mobilidade com os idosos inseridos nesse contexto”, evidenciou Paulo Vicente.
Clique aqui para ler o Relatório Final da Conferência com as propostas, dados, eleição de delegados etc.
Delegados eleitos: Maria dos Anjos Alves de Oliveira Batista Martins (Dora) (titular – sociedade civil) e Everson Ernesto dos Santos (suplente – governo).
Demais autoridades presentes: vereadores Hugo Prado (presidente), Daniboy e Gideon Santos; Everson Santos (diretor do Centro de Convivência do Idoso – CCI) e Marilene Gomes da Silva (conselheira do Conselho Municipal dos Direitos do Idoso – CMDI).
