Na quinta-feira (12/5), a Secretaria de Turismo promoveu audiência pública para apresentação e debate do “inventário” e do “diagnóstico turístico” de Embu das Artes para o Plano de Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável (PDITS), que deverá ser convertido em lei. Clique aqui para ler os documentos na íntegra, mas que a partir da audiência pública ainda podem sofrer alterações e ou revisões no conteúdo.
O inventário identificou tudo o que existe na cidade, como os atrativos turísticos, históricos, culturais, rurais, aspectos científicos, sociais e econômicos, além dos equipamentos públicos, comércio, hospedagem, gastronomia, serviços, infraestrutura básica, apoio, mão de obra, entre outros dados relevantes do município.
Já no diagnóstico turístico teve a finalidade de analisar características ambientais (clima, vegetação, geografia etc.), saneamento básico, equipamentos urbanos, comércio, serviços, atrativos, acessibilidade, sinalização de trânsito, potencial de sustentabilidade, meios de comunicação etc.
A Turismo em Rede, empresa responsável pela elaboração do inventário e diagnóstico turístico, constatou que Embu das Artes é um município privilegiado pela localização na maior região metropolitana brasileira, bem como pela diversidade cultural e atrativos turísticos. A cidade apresenta estrutura para receber muitas segmentações de turismo, como rural, de negócios, eventos, religioso, lazer, entre outros.
Com muitas opções de hospedagem, gastronomia variada e seus conhecidos artesãos e artistas, a cidade, que já apresenta identidade própria há muitos anos, tem condições para receber e atender bem seus visitantes.
Apesar disso, de modo geral, o município de Embu das Artes também tem aspectos a melhorar, como manutenção de vias, iluminação pública, padronização e melhorias de equipamentos como pontos de ônibus, praças públicas e bancos para descanso.
O mapeamento apontou um gama de infraestrutura urbana voltada ao turismo e os pontos turísticos. Num contexto geral o município apresenta aptidão para desenvolvimento turístico, mesmo já sendo uma cidade atualmente conhecida pelos atrativos, os investimentos em equipamentos através da percepção da distribuição dos atrativos e equipamentos no território, permite ações conjuntas e embasadas para o estímulo do turismo no município, bem como seu crescimento.
O diagnóstico ambiental apontou uma legislação ambiental estruturada, mas que necessita ser atualizada em virtudes da alteração no âmbito federal sobre o novo código florestal. Outro aspecto identificado é a APA Embu Verde, um reduto de Mata Atlântica importante nos aspectos dos mananciais, da biodiversidade e da relevância ambiental.
Todas essas informações são fundamentais para direcionar as atividades turísticas, construções e decisões do Poder Público e permite desenvolver uma melhor gestão nessa área.
O secretário adjunto de Turismo, José Rodrigues de Sousa, ressaltou a importância da participação democrática: “Embu das Artes tem muito o que se discutir no âmbito turístico inclusive da possibilidade de se criar novos espaços”.
O coordenador de promoção e hospitalidade turística, Régis Pires, disse que Embu das Artes é uma Estância Turística que cresceu muito nos últimos anos e está numa posição muito boa em relação a outras: ”Mas não podemos deixar a peteca cair, vamos fazer ainda melhor”.
Logo após, o público pôde dar sugestões, fazer críticas e apontamentos para o desenvolvimento do turismo da cidade. Entre as propostas, foram citadas: tombamento da Feira de Artes, incrementação do Pq. Francisco Rizzo, ciclofaixa, incentivo ao turismo ecológico, despoluição dos rios, reciclagem de lixo, ampliação de estacionamento no Centro Histórico, melhora da acessibilidade e mobilidade, inclusão do Centro de Tradições Gaúchas e estudos sobre a trilha do Peabiru.
O secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano, José Ovídio, deu sua contribuição, pedindo algumas adequações no documento apresentado e sugerindo que as soluções ambientais como despoluição de rios e reciclagem de lixo sejam pensadas de forma regional, pois os problemas de cada cidade impactam umas às outras”, afirmou.
Presentes na Audiência: Conselho de Turismo, Conselho de Cultura, Casa do Artesão, Acise, artistas, artesãos, expositores da feira e munícipes.