Automóveis antigos: a evolução das máquinas através do tempo

03/07/2009 - 0:00
Automóveis antigos: a evolução das máquinas através do tempo
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“A diferença entre homens e meninos é o tamanho de seus brinquedos. A frase do adesivo descreve bem o ambiente do 1º Encontro de Automóveis Antigos de Embu das Artes

Admiradores de todas as idades puderam apreciar modelos de automóveis antigos, desde a década de 1950, com expressões de menino com brinquedo novo. Assim foi o 1º Encontro de Automóveis Antigos de Embu das Artes, realizada no domingo, 28/06, no espaço de exposições do Parque do Lago Francisco Rizzo. O evento, organizado pela Secretaria de Turismo, reuniu mais de 200 carros de particulares, outros de clubes organizados, e atraiu público local, da região e até da capital.

Acessórios, enfeites, adesivos e o capricho com a pintura demonstram a intensidade da relação entre os donos e seus carros. “São máquinas que representaram suas épocas e ainda provocam nostalgia em plena era da tecnologia”, disse o médico Ricardo Salgueiro, que veio de Cotia com a família para conferir as raridades.

Chevrolet, Willys, Ford, Renault, DKW e outras marcas de fabricantes tradicionais tinham carros expostos, com características muito peculiares e apelidos curiosos como ‘Pick up Marta Rocha’, do Chevrolet 1956, ou ‘Rabo de Foguete’, do Cadillac Coupe de Ville 1959. O Encontro foi prestigiado pelo Clube do Automóvel Antigo de Jundiaí, pelo Reumatismo Car Club, de São Bernardo do Campo, e os Aliados marcaram presença com uma mostra dos veículos militares, exemplares que foram importantes na época da 2ª Guerra Mundial.

Morador de Embu, Antonio Fernandes Quintas participou do encontro com seu DKW Vemag 1961, totalmente original, equipado como táxi depois de uma pesquisa detalhada. Integrante da Federação Paulista de Automóveis Antigos, Antonio foi um dos incentivadores da realização do Encontro e defende que o evento seja incluído no calendário oficial da cidade.

Detalhes que fazem a diferença

Entre os expositores também estavam as barracas de peças e acessórios, material fora de linha de produção, mas que fazem toda a diferença ao equipar as raridades. Os colecionadores cuidam de todos os detalhes, externos e internos, como o caso do Chevrolet 1948, que teve o painel totalmente recuperado manualmente, imitando o original de madeira, resultado de intenso trabalho de pesquisa.

O artista plástico Rogério Molinari trouxe seu trabalho de diorama, as miniaturas de oficinas. Especializado em modelos fabricados no Brasil, Rogério reproduz cenários representando o trabalho de hot rod, a técnica de personalização de carros antigos. “Quem gosta de carros tem ferrugem nas veias”, diz o artista ao explicar a paixão que inspira sua produção.

Elvinho, cover de Elvis Presley, foi uma atração à parte. Chegou vestido como o rei do rock, em seu Ford Lincoln, e atraiu a atenção de todos com outros detalhes que lembram o estilo do ídolo. As bandas Ready Teds, The Jordans e Zoombeatles apresentaram repertório com ritmos das décadas de 1950, 1960 e 1970, completando o clima nostálgico.

Os dez automóveis que mais se destacaram foram premiados com troféus elaborados pela dupla de artistas Correra e Gonda.

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